Chá das cinco

NUNCA
Alinne Petrina

Eu sinto o gosto da boca
Que eu nunca beijei
Eu sinto o calor do abraço
Que eu nunca dei
Eu sinto o cheiro do perfume
Que eu nunca cheirei
Eu sinto saudades do encontro
Que eu nunca marquei
Eu vejo o sorriso
Que eu nunca apreciei
Mas eu vejo os olhos atentos
Que sempre me olharam
As mãos que nunca me tocaram
E as palavras que secavam
As minhas lágrimas
Que ainda caem por nunca te ter
Sim, amar é sofrer
Como eu posso ser feliz
Se eu não posso ter você?
É “possível” que o tempo
Acalme esse sentimento
Que brada em meu coração
E ainda que o tempo
Leve as lembranças do teu olhar…
Eu nunca…
Nunca, mesmo
Deixarei de te amar…

  • Gostaria que a Alinne continuasse escrevendo. Eu admiro muito o trabalho dela, porque ela se entrega completamente às suas obras. Parabéns querida!

  • Nestes dias de canalhice alastrante ler um texto tão povoado de esperança e entrega positiva que fala de amor e paixão é alentador. Parabéns a autora, tens mais dela?

Deixe um comentário para Jônatas Vales Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *