Poema
Arthur Nery Marinho
Vem.
Já começa a chover.
E, neste inverno,
outras flores virão
em substituição
às que morreram no verão passado.
A água do poço, agora, é cristalina.
Parece até com lágrima divina,
se
a divindade é pura como a água.
Vem.
Meu pequenino lar,
melhor que o mundo,
se alegre está,
maior prazer terá
ao dar-te abrigo, por um dia que seja.
(Extraído da Antologia Modernos Poetas do Amapá – 1960)