Um poema de Maria Ester

Olhos Doces
Maria Ester

Quando teus olhinhos de jabuticaba
Encontraram os meus grãos de café
Ah! Eu soube, num instante<
Que nunca mais estaria só.

Posso apertar os olhos de emoção
Posso fechá-los para dormir,
Ou de vez, quando meu tempo acabar,
Sei que os teus estarão lá, a olhar por mim.

Posso não vê-los por um momento
Mas ainda assim estarão em mim
A dizer, como naquele primeiro encontro,
Docemente e num relâmpago:

Cuida de mim,
Que seremos dois, juntos,
Viajantes neste mundo enorme
De agruras e venturas.

(Da coletânea “Poemas, poesias e outras rimas”)

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