Veiga
Obdias Araújo
Era tardinha e o poeta
Aspergia sementes
De versos na praça.
Que poema não pega de galho.
Precisa plantar a semente
Socar bem a terra
E ficar ali o tempo todo
Regando com rimas
O brotinho até que
A vergôntea libere
O primeiro botão
E finalmente desabroche
Em cores multiformes
A flor do poema.
Que a flor vem do botão
Que vem do galho que vem
Da plantinha que vem
Da semente que vem
Das mãos pródigas do poeta
Aspergindo sementes
De versos na praça!
1 Comentário para "Um poema de Obdias Araújo"
Bonito!
Aplausos de pé.