Pagando mico em inglês
Milton Sapiranga Barbosa
Em um sábado vadio, sem pescaria programada, vivenciei uma situação hilariante quando viajava de ônibus para Santana, para visitar minhas duas filhas, Alinne e Elinne, meu neto Pedro Caíque e a Antônia, minha ex, que foi uma grande companheira por vários anos e hoje é uma excelente amiga.
A viagem no ônibus da linha Macapá/ Santana, via Distrito de Fazendinha, parecia ser como das vezes anteriores, sem anormalidades, até que, já no trajeto para sair de Fazendinha rumo a vila do igarapé da fortaleza, uma moça fez sinal, pedindo parada, e o motorista, mesmo ela estando fora do abrigo de parada obrigatória, meteu o pé no freio. Achei estranha sua atitude, já que antes, ele deixara de apanhar dois passageiros que estavam em paradas oficiais existentes ao longo da rodovia JK. Só que desta feita era uma morena bonita, de rosto e de corpo, sem nenhuma deficiência física, mas mesmo assim, o motorista permitiu que ela entrasse pela porta da frente sem pagar passagem, dando mais prejuízo para a empresa que trabalha. O motorista em questão, ao ver aquele corpo escultural, sentiu que podia se dar bem e partiu para o ataque tão logo a gostosa pisou no segundo degrau da porta de saída do coletivo, cumprimentando-a com um sonoro “ GOOD NIGHT” ( expressão em inglês que se diz a outra pessoa quando se vai dormir- em inglês, o boa noite normal de cumprimento é GOOD EVENING), quando ele deveria ter dito GOOD MORNING (bom dia em inglês). Ao ouvir o cumprimento, a morena, parecendo não acreditar ou não ter entendido o que ouvira, só disse hein? E o motora conquistador, pensando ter agradado e estar abafando no inglês repetiu; Good Nigth num tom mais alto( para que todos escutassem) e ostentando um sorriso de orelha a orelha. A moça não ligou e se foi ônibus a dentro procurar um lugar para sentar.
A viagem continuou tranqüila com descidas e subidas de passageiros. Passamos por um pedágio, onde garotas escolhidas a dedo, pois eram todas bonitas, pediam ajuda para Adriano, que precisava fazer tratamento de saúde em centro de medicina mais adiantado, até que chegamos ao meu destino final da viagem, o bairro da fonte nova, onde desci e fui visitar meus entes hiper queridos. Tomei café com as filhas, brinquei com o neto, abracei a ex e retornei , feliz por constatar que todos estão em perfeita saúde.
Já dentro do ônibus que me trazia de volta à Macapá, lembrei do motorista metido a conquistador e pensei: Aquela morena devia entender do inglês e, ao se dirigir para o fundo do ônibus deve ter murmurado para si mesmo, p. da vida com aquele conquistador barato: “Vai dar boa noite em inglês às 9 e 15 da manhã a P… Q….O….P…”
7 Comentários para "Crônicas do Sapiranga"
Pai, o senhor é super inteligente!!! Adorei o senhor ter colocado meu nome na sua história, isso só comprova o paizão presente que o senhor é em nossas vidas….te amoooooo!!!!!!!!!!!!!!
Milton, lembras aquela do Osternes, irmão do Osmar, que era metido a falar inglês e jogou uma pilhéria para uma moça, que entendia do idioma, a qual fez queixa para o Delegado Olavo, também conhecido por “Eu levo”. O Olavo deu 24 de cana no Osternes. Ao soltá-lo, admoestou-o: “Outra vez que você for encontrado falando inglês, dou-lhe 48 horas, para lembrar que estamos no Brasil. O Osternes, humildemente, respondeu: “Ok!”. Lá foi ele cumprir as 48 horas de xadrez. É ruim?
Oi amigo Adelmo! Claro que lembro do Osternes, parceiro fiel do Capa Gato. Um dia, no bar do Ary, eles apostaram quem conseguiria tomar um copo duplo de cachaça de um fôlego só. Eles beberam e cada um caiu para um lado ao mesmo tempo. Ninguém ganhou a aposta e eles curtiram uma tremenda ressaca. Um abraço.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!! Eu não quero pagar um mico perto do Milton.
Estou gostando de todas Milton…Quero que me concedas uma entrevista… contar histórias em rádio já pensou?
Um abraço.
Néa, senti que rolou um certo ar de saudades no trecho “abracei a ex e retornei, feliz por constatar que todos estão em perfeita saúde.”
Esse é meu querido seu Milton Barbosa. 🙂
Amigo Ney, não rolou saudade e sim sinceridade. Foi muito bom enquanto durou.Somos apenas grandes amigos. Valeu? Um abraço