Museu da 2ª Guerra está abandonado

Torre do Zeppelin
Torre do Zeppelin

Por meio de um vídeo exibido no plenário da Assembléia Legislativa, na sessão ordinária dessa segunda-feira, o deputado estadual Ruy Smith (PSB), mostrou aos demais parlamentares o estado de abandono em que se encontra o Museu a Céu Aberto da Base Aérea do Amapá, no município de Amapá, distante 302 quilometros de Macapá. .

Sem receber nenhuma manutenção e esquecido pelo poder público, o museu se encontra tomado pelo mato, pela lama e a ferrugem nas peças deixadas pelos americanos após a segunda guerra mundial. São partes de caminhões e outros veículos e uma torre de Zepelin da 2ª Guerra Mundial sepultadas sob monturos de lixo e terra. Os imóveis construídos pelo então Ministério da Aeronáutica, por determinação do presidente Getúlio Vargas, para abrigar militares brasileiros e norte-americanos, estão ruindo sob a ação implacável das chuvas torrenciais que desabam diariamente na região.baseaerea7_JPG

Até mesmo a placa indicativa da extinta Fundação Estadual de Cultura do Amapá (Fundecap), hoje Secretaria de Estado da Cultura (Secult), fincada em frente à “Casa de Força e Luz” da antiga Base Aérea, está sendo deteriorada pela ferrugem.

Os próprios moradores vizinhos da base reclamam do abandono e da falta de servidores públicos no local que pudessem preservar esse registros da história, assim como também receber os turistas que ainda aparecem por lá.

“Além de representar um capitulo da nossa história a base poderia gerar emprego aqui pra gente” disse uma moradora ao parlamentar no documentário exibido.

Ruy Smith cobrou do Estado medidas urgentes para que o museu seja recuperado o quanto antes. O parlamentar propôs que o governo transforme o local no Memorial da Segunda Guerra, servindo como referência para as pessoas em conhecer a história do conflito bélico. Outro proposta do deputado é que memorial receba o nome do Cabo Alfredo, um pioneiro do estado falecido recentemente.

(Texto:  Assessoria de comunicação do deputado Ruy Smith

As fotos foram surrupiadas do sítio www.amapa.net, do meu amigo Alípio Junior)

  • É tão triste vê a nossa história sendo deixada para trás. E vê que os nossos governantes não estão interessados em preservar algo que deveria ser um orgulho para o nosso estado.
    Hoje se estivesse mantido preservado, estaria sendo um ponto turístico e até gerando trabalho e renda para os moradores locais. Vê o descaso dos nossos governantes a algo que é de suma importância não só para o nosso estado, mas para a história do Brasil.

  • Obrigado por , relatar a história de vida de Alfredo Oliveira , uma pessoa que cresceu na vida , e que tinha orgulho de chamar de Pai ( sendo ele meu avó) sem palavras realmente , muito obrigado

  • Amigos, quando cheguei em Macapá em 3/1/1989, encontrei por um acaso um velho caminhão verde com uma estrelona na lateral da porta, encostado numa esquina as proximidades da 1º de Maio, no Trem, ou no final (ou início) da General Rondon (passando o cursinho Buraslan). Voltei ao local pelo menos umas três vezes. No dia que meu irmão comprou uma câmera fotográfica corremos pra o lugar e o caminhão já tinha ‘sumido’. Ninguém soube informar o que houve, pra onde foi. Queria muito revê-lo. Disse-me um amigo, naquela época, que era um caminhão americano da base militar americano, usado por um padre para transportar verduras da extinta Escola Técnica Agrícola. Quem sabe do caminhão e da história?

  • Primeiramente gostaria de agradecer pelas palavras de carinho e admiração destinadas ao meu avô Alfredo Oliveira.
    Fico muito triste com essa situação, meu avô tinha orgulho dessa base e me contou inúmeras histórias interessantes. A minha avó, Ione Cavalcanti, também tem muitas histórias e inclusive registros da época em que os militares americanos ainda estavam por lá. Aliás a história da minha bisavó se confunde com a história dessa base. Há 8 anos trabalho em uma multinacional americana e sempre nos encontros informais com meus colegas norte americanos cito as histórias que meus avós contavam sobre a base. Eles ficam impressionados e muitos deles não imaginavam, alguns até sabiam que os EUA possuiam bases estratégicas no Brasil. O descaso atual é lamentável, o Amapá tem um potencial gigantesco… Procurarei uma forma de ajudar e tentar reverter essa situação. Um grande abraço a todos!

    • Senhor Luiz Alfredo:
      Gostaria de estabelecer contato, pois desejo obter informações sobre a Base Aérea de Amapá para pesquisas sobre o tema. Mas, permita me apresentar.
      Sou amapaense na diáspora, morando em Belém, PA, economista, funcionário do governo do estado do Pará, trabalhando na Secretaria de Educação, e aguardando aposentadoria.
      Fui professor de História em Macapá (habilitado pela antiga CADES para lecionar no antigo curso ginasial), tendo lecionado, entre 1971 e 1975, no Colégio Amapaense, Ginásio Marechal Castelo Branco e Ginásio Santa Bartoloméa.
      Atualmente, estou fazendo nova graduação em História (6º semestre) na Universidade Federal do Pará. Minha área de interesse é a História do Amapá. Um dos temas que me atraem, ao lado da Fortaleza de São José e de Mazagão, é a história da Base Aérea de Amapá.
      A Base Aérea é especial pelos seguintes motivos. Primeiro, pela omissão de sua importância nos livros didáticos. Quando lecionava e abordava a participação do Brasil na 2a. Guerra Mundial, sempre mencionava a Base. Segundo, pelo esquecimento ao qual foi relegada durante anos após a guerra. Terceiro, pelo abandono, apesar da criação do Museu. O quarto motivo é especial e pessoal: nascí na Base (após a guerra) e meu pai trabalhou na Base para os americanos. Infelizmente, eles não podem me ajudar na reconstituição do cotidiano da Base no período da guerra, pois já não estão mais neste plano.
      Neste semestre estou estudando a disciplina Metodologia da História II, onde deverei apresentar um projeto de pesquisa. Meus professores da disciplina me incentivaram a apresentar um projeto de pesquisa sobre a Base.
      Tenho algumas informações, como por exemplo o Decreto-Lei n. 3462/1941, que autorizou a Panair do Brasil a construir bases aéreas em vários locais, entre eles a de Amapá. Qualquer ajuda será bem vinda.
      Devo acrescentar que não pretendo ficar apenas no projeto de pesquisa, que culminará no famoso TCC (trabalho de conclusão de curso). Pretendo transformá-lo em livro e divulgá-lo no Amapá. Acredito que conhecimento não divulgado é como um instrumento que, sem uso e sem divulgação, enferruja e não serve para nada.
      Meus e-mails:
      [email protected]
      [email protected]
      [email protected]
      Um abraço,

    • Senhor Luiz Alfredo,ja que o senhor tem conhecimento da historia desse museu comentado pelo seu avo,poderia escrever um livro,para que não caia no esquecimento,e depois de pronto publique na internet…

  • Quem lutou bastante para a preservação da base aérea do Amapá foi o cabo Alfredo, que, recentmente nos deixou. Que Deus o receba em seu reino, pq foi um cidadão exemplar, inclusive honesto em tudo que fazia!

  • É realmente lamentável o que acontece com a Base Aérea do Amapá. Eu, que num passado recente trabalhei lá durante 10 anos, entre 87 e 97, fico triste com esta situação. Trata-se de um potencial turístico de grande potencial, mas que precisa de infraestrutura. Infelizmente o poder público ignora esse potencial.

  • Infelizmente por questões “dito” partidárias o nosso estado está passando por situação de completo abandono, caixa d´água sendo inaugurada sem água, os nossos pontos turisticos sendo “esquecidos”, escolas abandonadas,etc… No inicio do ano quando estava no estado vi de perto a Escola Cândido Portinari que estava (ou ainda está) com o teto comprometido, os filhos desses merd… não estudam lá e por isso dane-se a escola, vamos acordar macapá senão seremos um próximo Maranhão ou um Piauí (onde tem municípios criados sem a mínima estrutura, servindo de cabresto eleitoral ou para pegar o repasse de FPM que vai enriquecer algum bigodudo dos diabos, e a pobre população esperando o bolsa-tudo por ser esta a única “esperança” do nordestino para ver algum dinheiro que possa se sustentar, realidade que estou vendo in loco e sinceramente não gostaria que MEU amapá ficasse assim. Estive no Municipio do Amapá no momento que estava sendo criado o museu da base aérea, o saudoso Cabo Alfredo tinha dados, informações e história daquele lugar. Não adianta ficar esperando petroléo para sermos um Estado rico. O nosso petroleo chama-se TURISMO. O potencial turístico da região é imenso.

    Parabéns pelo Blog pois estou sendo acompanhando as notícias de Macapá.

    Abraços e sucesso,
    Charles Macedo

  • Deputado Ruy,se as Escolas “Walquiria Lima” e “Cândido Portinari”,que ficam quase dentro do palácio esse desgoverno corrupto abandonou,”álvara” o “Museu da 2ª Guerra” que fica, a 480 Km da capital.É lamentável a falta de compromisso e a imprensa marron,elogiando essa bandalheira toda.

  • Néa, assim como esse, o Museu Sacaca também está em estado de abandono. Em julho quando estive por lá com as minhas sobrinhas, disseram que começariam uma reforma e revitalização em setembro. Não sei se realmente já iniciou alguma coisa…Bjs!!

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