A Amazônia tem que ser recompensada

Na Amazônia, o problema ambiental não é florestal, é urbano.” Foi o que disse ao blog o secretário especial do governo do Amapá, Alberto Góes, ao final do encontro que reuniu ontem em Macapá governadores dos estados amazônicos e ministros. “A Amazônia”- diz ele – “é a maior produtora de água, mas falta água nas nossas torneiras.”

Alberto Góes
Alberto Góes

Alberto Góes diz que a floresta emite 20 bilhões de toneladas de água por dia para a atmosfera e essa água precipita e cai nos rios e  vai cair também no centro-sul do Brasil e no centro da América do Sul  –  que é a região com maior produção agrícola. “E só é produtora agrícola porque tem a água produzida  pela floresta amazônica. E nós, amazônidas,  que fornecemos água para a agricultura rica do centro da América do Sul não temos água em nossas torneiras por falta  de investimento governamental e saneamento.”

Produzir tanta água assim é um serviço que a Amazônia presta ao Brasil e ao planeta e deve ser recompensada por isso, defendem os governadores dos estados  amazônicos. Eles vem insistindo na necessidade de criação de mecanismo não só para compensar os  estados amazônicos naquilo que a floresta  presta de serviço ao Brasil e ao planeta, mas também para apoiar   na manutenção do nível de conservação e na melhoria da qualidade de vida das populações amazônicas. “Há um conflito muito claro – e isso é nossa percepção de Amapá com a qual concordam os outros estados – de que o problema ambiental não é florestal, ele é urbano”, enfatiza Alberto Góes.  E ressalta que  dos 25 milhões de habitantes da região, cerca de  75% estão em áreas urbanas, onde falta investimento para quase tudo, principalmente para saneamento.  É aquela velha história de produzir a riqueza e não participar dela. A Amazônia produz a água, mas os amazônidas não tem água na torneira, inclusive nas capitais. Na capital do Amapá, por exemplo, os moradores dos bairros distantes do centro ainda se valem dos antigos poços amazonas, cavados no quintal, ao lado de fossas. Dá pra imaginar a qualidade da água consumida por este povo e o motivo de tantas doenças.

Por causa de problemas assim é que os governadores da Amazônia defendem que seus estados sejam “pagos” pelo que a Amazônia produz para que possa haver investimentos em infra-estrutura, saneamento, etc para melhorar a qualidade de vida da população.

Como pagar? Alberto Góes disse que é fácil fazer essa conta. “Isso é mensurável em termos de tonelagem de água, de carbono captado e é mensurável no valor que isso tem no mercado, tanto pelo montante de água produzido e entregue como  pela quantidade de carbono que é retirada da atmosfera e fixada nas árvores.”

Ele diz também que “é preciso e urgente que o Brasil e o mundo entendam que se a Amazônia pode ser uma solução para os problemas deles antes tem que ser uma solução para os nossos problemas, aí nós trabalharemos com mais alegria e mais satisfeitos.

  • O senhor “supersecretario” fala do governo como se ele mesmo nao fizesse parte dele, como se ele nao fizesse parte do governo que faz pracinhas em vez de escolas, que ilumina a cidade com luzes verdes em vez de proporcionar melhores condiçoes de saúde para a populaçao, voltamos a faze do pao e circo com a vinda da expofeira. Alguns falam q o povo tem o governante que merece, acho que nossa cruz é muito pesada.

  • O governo dispõe de 100 milhões do PAC, está a disposição na Caixa Economica há um ano e meio. O governo não tem equipe técnica e não tem projeto. Cadê a competência do bom da boca do Albertinho Goeszinho?

  • A floresta nunca foi problema ambiental em nunhuma parte do mundo. Muito menos na Amazônia. A derrubada, a queimada de floresta sim e isso não pode ser escamoteado. Os dados estão aí e podem ser medidos e constatados.Acho que frase foi posta fora de contexto. Senão é apenas uma declaração infeliz. Principalmente partindo do Alberto, que independetemente das questões politicas que costuma balizar posicinamentos e nosso estado, deve ser reconhecido com um quadro técnico coerente.
    Abs
    Alcione

  • VERGONHOSO

    O que a AMAZONIA precisa é de ADMINISTRADORES comprometidos com a qualidade de vida de sua população, infelizmente ALBERTO GOÉS é mais um a querer se promover a custa das desiguldades e da sua incompetencia gerencial.
    NOTA ZERO.

    • Neca Machado? Aquela maluca que era diretora de escola no governo do Capiberibe? karaca! Tá muito desqualificado o debate….
      Vai cassar o que fazer rasga mortalha….

  • QUEM É ESSE ALBERTO GÓES PARA FALAR EM PRESERVAÇÃO. ESSE GÓES FORAM CRIADOS ÀS CUSTAS DOS 3% DAS FLORESTAS DO AMAPÁ QUE FOI DERRUBADA. O RG A CADA ELEIÇÃO COMIA MEIO MILHÃO DE SUCUPIRAS E OUTRO MILHÃO DE ANDIROBAS REFORMANDO CASA NAS BAIXADAS. SE TIVERMOS QUE ENFRENTAR OUTRAS ELEIÇÕES COM ESSE POVO, ELE VÃO CONSUMIR ATÉ O PARQUE DO TUMUCUMAQUE. NÓS BEM QUE PODERÍAMOS TER A NOSSA FLORESTA PRESERVADA. ÊTA HIPOCRISIA DESSE POVO FALANDO DE PRESERVAÇÃO !

  • “América do Sul não temos água em nossas torneiras por falta de investimento governamental e saneamento.”. Veja bem, são falas de um secretário do governo goés!!! Irmão do governador!! Por que será que não temos água nas nossas torneiras? Eu respondo, ninguém se mete!! R-O-B-A-L-H-E-I-R-A DO NOSSO DINHEIRO PÚBLICO, DESTE GOVERNO!!

  • Pense num sujeito cara de pau, depois de 7 anos de descaso, corrupção e irresponsabilidade pública vem nos dizer que é preciso chover dinheiro para resolver o problema da falta d’água em nossas torneiras. Dá um tempooo! Nunca antes, como gosta de dizer “nosso guia maior”, esse Estado contou com tanto dinheiro, no entanto a Caesa está falida. A única coisa que sabem fazer é dá desculpas esfarrapadas, dizendo que os canos de Macapá estragaram porque foram comprados errado. A pergunta que não quer calar: a falta d’água é geral, Santana, Laranjal, Oiapoque, Porto Grande etc, todos os canos foram errados ou este governo corrupto abandonou o sistema? Chega de papo furado, o tempo passou não fizeram nada e ficam culpando os outro.

  • Concordo em tudo que o Sr. Secretario escreveu, no entanto discordo que as respostas e soluçóes estejam na máos de outros como ele descreve”o Brasil e o mundo” houve e há nitida omissáo dos governantes regionais em solucionar o caos urbano. Vivemos na maior selva urbanizada do mundo e pensando ainda em solucinar problemas do Tumucumaque esqueçendo quem vive nas ressacas.

  • Ou seja, a floresta em pé gera mais renda do que derrubada. A idéia não é nova, desde os anos 70 vem sendo discutido, no Brasil ficou conhecido na Eco-92, no Amapá em 95, pros ribeirinhos desde sempre (lembram de Chico Mendes?).Fomos referência por um tempo, tentaram reescrever a história e agora vamos recomeçar. Antes tarde do que nunca não é?

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