A violência no Amapá – quase 400 mortes violentas de janeiro a outubro deste ano

Por Eduardo Neves*

O aumento da violência atrelada a falta de investimento na área de segurança pública no Estado do Amapá foi tema de discussão levantado pelo deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB/AP), nesta terça-feira, 27, durante discurso no grande expediente da Assembleia Legislativa do Amapá.

Ao iniciar seu pronunciamento o deputado socialista, relatou o número de mortes violentas registradas pelo repórter policial, João Bolero Neto, no período de 01 de janeiro a 22 de outubro de 2009. De acordo com os dados, o trânsito ceifou a vida de 85 pessoas. Arma branca aparece logo atrás com 84. As vítimas por arma de fogo somam 65. Afogamento 51 óbitos. Pessoas que tiraram a própria a vida (suicídios) foram 33. As vítimas po r traumatismo diversos somam 17. Mortes a pauladas foram 12 e por causas desconhecidas somam 24.

“Esses números são muito elevados, mostram o desamparo da população. Os nossos adolescentes e jovens, que não tem emprego, não tem perspectiva de vida e oportunidade, estão se matando na periferia de Macapá”, desabafou o deputado. Capiberibe questionou o baixo orçamento destinado para a Polícia Civil, Militar e para o Corpo de Bombeiros que gira em torno de R$14 milhões para o ano que vem. “É um absurdo que o orçamento da segurança pública seja igual ao orçamento destinado ao pagamento da propaganda do governo”, disse Camilo.

O deputado socialista, disse ainda que em 2008, o Jornal Leia Agora, publicou matéria onde apontava que 57% dos homicídios praticados no Amapá, não encontram solução. “Significa o quê? De cada 10 assassinatos, seis ficam sem solução. Apenas quatro são descobertos. Qual é a resposta que nós damos a essa popula ção?”, indagou Camilo, ao lamentar a possibilidade da Polícia Civil entrar em greve na próxima terça-feira, 3.

O deputado Manoel Brasil (PRB/AP), durante a parte ao pronunciamento do deputado Camilo, disse não concordar com orçamento destinado para a segurança pública do Amapá. “Eu acho que temos que discutir a questão orçamentária. Vamos fazer remanejamento, vamos melhorar a segurança pública”, destacou Brasil, ao dizer que a vida das pessoas em Macapá está a cada dia mais ameaçada. “Porque quem pode pagar, anda com segurança. Quem pode, paga vigilante e tem toda uma estrutura. O que nós não podemos deixar é a população a mercê dos bandidos”.

Além dos números relatados acima, foi levantado ainda pelo deputado Camilo, a difícil situação dos comerciantes que trabalham nos bairros da periferia como Congos, Zerão e Muca. “Pegue um carro a noite e ande por esses bairros e veja como estão as mercearias, todas gradeadas. Enquan to o criminoso tá solto nas ruas”, disse o parlamentar ao lembrar da polícia interativa, que existia na época do governo do PSB, no bairro das Pedrinhas, Perpétuo Socorro e Igarapé Fortaleza em Santana, que ajudou a reduzir drásticamente o indíce da criminalidadee que “Infelizmente não existe mais”, denunciou.

Em virtude do problema sério que os amapaenses vem enfrentando, o deputado Camilo Capiberibe, pretende realizar uma audiência pública, para discutir a segurança no Estado do Amapá. “Vamos chamar o delegado geral da Polícia Civil, o comandante da Polícia Militar, o comandante do Corpo de Bombeiros, para discutir com toda a sociedade e saber o que está sendo feito pra reverter esse quadro terrível de morte, mutilação, sofrimento, em virtude da falta de segurança”, concluiu.

* Eduardo Neves é  assessor de imprensa do deputado Camilo Capiberibe

  • A v iolência no Amapá, devido a falta de planejamento físico, estrutural, segurança e outras coisas que deveriam ser analisadas pelos administradores deste estado. Todos os dias chegam embarcações lotadas de pessoas de vários lugares do Brasil e do mundo e o estado não tem um controle de fiscalização de nada. Quem são, de onde vem, porque vieram, o que fazem enfim… É necessário que haja esse controle para que Macapá não vire uma faixa de GAZA.

  • SOU OUVINTE ASSÍDUA E FÃ Nº1 DO PROGRAMA”ACORDA AMAPÁ” SÓ TEM UM PEQUENO DETALHE É QUE ENCONTRO DIFICULDADE EM ENTENDER QUANDO A REPORTER GERMANA DUARTE NA REPORTAGEM DA ÁREA POLICIAL CITA ASSIM: “FOI UMA MADRUGADA CONSIDERADA TRANQUILA. AÍ VEM AS BARBARIDADES: “IRMÃO ESFAQUEIA IRMÃO: A POLÍCIA ENCONTROU UM CORPO COM REQUINTE DE CRUELDADE E AÍ POR DIANTE.” PERDÃO, AÍ EU FICO SEM ENTENDER ESSA TRANQUILIDADE.

  • A Solução pra isso é chamar o grande numero de canditados aprovados no ultimo concurso da polícia militar realizado em 2009, para suprir o contingente da PM que se encontra fora das suas funções e assim expandir o quadro da policia militar e melhorar a questão da segurança pública!

  • TIve a oportunide de presenciar um acidente de trânsito ocorrido na semana passada, onde se envolveram a esposa do Dep. Estadual EDINHO DUARTE, a quase DEP. CLEUMA DUARTE. fato ocorreu quando ela foi fazer uma manobra brusca e veio a colidir com um motoqueiro. o que mais me chamou a atenção foi que ela ligou para Dep, e ele veio com os seu capangas, retirou o motoqueiro do local do acidente junto com a sua moto, bateu uma conversa onde na qual o mesmo caiu, descaracterizou o local do acidente, se evadiu do local e deixou o motoqueiro na mão. podemos ver o grande exemplo que ele deu, agora se fosse alguem que tivess batido o carro dela ele iram virar o cavalo do cão. quem conhece a peça sabe muito bem do que eu estou falando.

  • A metade do contigente da Policia Militar e da Policia Civil estão fora de suas funções.Alguns dando segurança a deputados,outros aos membros de judiciário,outros no palácio(tem bastante),outros na SESA.São bem pouco que estão desempenhando suas verdadeiras funções(aqueles que não tem padrinhos).

  • Voltamos ao século XIX, terra de ninguém. O pior de tudo é ouvir aquele Bolero falar que as noticias deles são fresquinhas. “olha, olha essas fresquinhas aqui: Homem leva tersadada é vai muito mal para o pronto socorro!”, eu hem!!!

    • O pior de tudo é ter que ouvir?
      Poupe-me!
      Você não é obrigada a ficar sabendo das notícias do Bolero.JÁ que você acha essas barbaridades,tão “normal”.

  • O deputado socialista deve saber, provavelmente, que a violência é produto direto desse sistema excludente que é o capitalismo; que não adiante mais polícia porque a única coisa é mais repressão. EMPREGO com direitos sociais é o que o povo quer, só assim podemos acabar com a fome e a miséria, elementos que aprofundam a divisão entre pobres e ricos, entre viver dignamente e sob operigo da violência. Só pra ficar em um pequeno exemplo!!!!

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