Passeando por uma ruazinha tranquila, sem asfalto, sem trânsito, deparei com esta casa que me chamou atenção. Uma casinha de venezianas cinzas, a porta trancada por fora com cadeado – o que deve indicar que neste momento não tem ninguém na casa. A cadeira, combinando com a porta e janela, está lá como que observando o pouco movimento da rua enquanto espera seu dono chegar de mais um dia de labuta. Imagino o habitante desta casa, sentado aí – depois de mais um dia de trabalho – vendo a tarde cair acendendo mistérios.
Que pensará ele? Que planos tem?
(Nas tuas andanças pela cidade, se alguma coisa te chamar atenção, pode fotografar e mandar pro meu e-mail que a gente posta aqui no blog)
8 Comentários para "Andando pela cidade"
Sou de Belo Horizonte e fico admirado de ver que as cadeiras não foram roubadas…hahaha…!!!
Se fosse aqui, não sobrariam pra ninguem tirar foto.
O dono da casa deve ser beneficiário do programa Luz para todos(Será que é este mesmo o nome do programa? Ainda existe mesmo?), pois a luz do pátio está acessa em plena luz do dia.
Alcinéia a imagem é linda.Porém a rua é asfaltada e o bairro é no centro da cidade:Rua MANOEL EUDOXIO PEREIRA DE CANTO COM ALMIRANTE BAROSO.
Não, João. Não é a da Almirante Barroso. Essa fica numa daquelas avenidas, sem asfalto, ali por perto do Fórum, no bairro Santa Rita.
Sei qual é a casa da Almirante que você se refere. Tenho uma foto de lá. Qualquer hora posto.
Essas imagens encantam mesmo!!! E só quem tem sensibilidade as observa da melhor foerma possível!.
SAUDOSISMO: A foto da casinha nos leva de volta à Macapá antiga, isenta de violência, longe de arrombamentos, de propiciar sono tranquilo, de dar muita paz e muita felicidade. Quandos todos nós nos conhecíamos e nos respeitávamos. Longe de ambições materiais e políticas. Éramos felizes e não sabíamos.
Adoro essas imagens tão nossas.
Vês! Foi o que a minha memória fotografou quando vi tua foto com essa casinha:
Gente Humilde
Composição: Vinícius / Chico Buarque / Garoto
Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece
De repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a tudo, quando eu passo
Num subúrbio
Eu muito bem, vindo de trem
De algum lugar
Aí me dá uma inveja
Dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada, escrito em cima
Que é um lar
Pela varanda, flores tristes
E baldias
Como a alegria que não tem
Onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito de eu não ter
Como lutar
Eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar