Andando pela cidade

Passeando por uma ruazinha tranquila, sem asfalto, sem trânsito, deparei com esta casa que me chamou atenção. Uma casinha de venezianas cinzas, a porta trancada por fora com cadeado – o que deve indicar que neste momento não tem  ninguém na casa. A cadeira, combinando com a porta e janela, está lá como  que observando o pouco movimento da rua enquanto espera seu dono chegar de mais um dia de labuta. Imagino o habitante desta casa, sentado aí – depois de mais um dia de trabalho – vendo a tarde cair acendendo mistérios.
Que pensará ele? Que planos tem?
(Nas tuas andanças pela cidade, se alguma coisa te chamar atenção,  pode fotografar e mandar pro meu e-mail que a gente posta aqui no blog)

  • Sou de Belo Horizonte e fico admirado de ver que as cadeiras não foram roubadas…hahaha…!!!
    Se fosse aqui, não sobrariam pra ninguem tirar foto.

  • O dono da casa deve ser beneficiário do programa Luz para todos(Será que é este mesmo o nome do programa? Ainda existe mesmo?), pois a luz do pátio está acessa em plena luz do dia.

  • Alcinéia a imagem é linda.Porém a rua é asfaltada e o bairro é no centro da cidade:Rua MANOEL EUDOXIO PEREIRA DE CANTO COM ALMIRANTE BAROSO.

    • Não, João. Não é a da Almirante Barroso. Essa fica numa daquelas avenidas, sem asfalto, ali por perto do Fórum, no bairro Santa Rita.
      Sei qual é a casa da Almirante que você se refere. Tenho uma foto de lá. Qualquer hora posto.

  • SAUDOSISMO: A foto da casinha nos leva de volta à Macapá antiga, isenta de violência, longe de arrombamentos, de propiciar sono tranquilo, de dar muita paz e muita felicidade. Quandos todos nós nos conhecíamos e nos respeitávamos. Longe de ambições materiais e políticas. Éramos felizes e não sabíamos.

  • Vês! Foi o que a minha memória fotografou quando vi tua foto com essa casinha:

    Gente Humilde
    Composição: Vinícius / Chico Buarque / Garoto

    Tem certos dias
    Em que eu penso em minha gente
    E sinto assim
    Todo o meu peito se apertar
    Porque parece que acontece
    De repente
    Como um desejo de eu viver sem me notar
    Igual a tudo, quando eu passo
    Num subúrbio
    Eu muito bem, vindo de trem
    De algum lugar
    Aí me dá uma inveja
    Dessa gente
    Que vai em frente
    Sem nem ter com quem contar
    São casas simples
    Com cadeiras na calçada
    E na fachada, escrito em cima
    Que é um lar
    Pela varanda, flores tristes
    E baldias
    Como a alegria que não tem
    Onde encostar
    E aí me dá uma tristeza
    No meu peito
    Feito um despeito de eu não ter
    Como lutar
    Eu que não creio
    Peço a Deus por minha gente
    É gente humilde
    Que vontade de chorar

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