Artigo

UMA ESCOLA NÃO MERECE UMA VALA A CÉU ABERTO

Professor Alcides de Oliveira ([email protected])

Escola Sebastiana Lenir de Almeida, fantástica, bonita, grandiosa, digna, amiga, traz em seu dorso um nome de uma professora igualmente fantástica, está presente em Macapá a mais ou menos 30 anos, acolhendo a todos que dela um dia precisarão, e milhares de pessoas já precisaram dela e milhares ainda vão precisar, porque ali é lugar de se obter algo sagrado que é o conhecimento, ali está um santuário pois ali só se prega o bem, só tem o objetivo de elevação do ser humano desde a sua formação de caráter até a sua formação acadêmica, tudo feito com dedicação de professores, diretores, servidores em geral, todos trabalhando com profissionalismo e responsabilidade em mostrar os caminhos do bem para centenas de jovens, todos os anos.

A historia da Escola Sebastiana Lenir de Almeida, é uma história magnífica, feita de grandes glórias e de muitos acontecimentos, os quais estão escritos nos anais da história do Amapá, especialmente de Macapá e mais especial ao Bairro do Buritizal no qual ela se faz presente, no meio de uma grandiosa comunidade.

Uma das situações que não poderia fazer parte da majestosa história dessa escola é a companhia indesejável de uma vala de esgoto a céu aberto, que faz questão de permanecer ali na entrada desse santuário, pois a mais de 20 anos ali está ela suja, entrando diretor saindo diretor ali está ela mal cheirosa, entrando prefeitos e saindo prefeitos, ali está ela, persistente, cheia de mato, entra CAESA sai CAESA, ali está ela no portal de entrada, como a desafiar quem a fará perder o status de portal da escola, porque está ali a muitos anos e até agora resistiu bravamente aos comentários inútil dos alunos, professores e pais a reclamarem da sujeira e do mal cheiro que exala, tem orgulho de mostrar o quanto é dura na queda ao resistir as investidas de órgãos da vigilância sanitária e do meio ambiente, quando investem, então continua ali, miseravelmente instalada na frente de um prédio que não, absolutamente, não merece essa companhia indesejada, mas que ali está a fazer desafios. A escola foi reformada recentemente, ficou majestosa, mas a vala continuou ali.

Tantos anos ali, é possível notar que a maioria das pessoas que convive com a escola a muitos anos, parece não se importar, ou já cansaram de se importar, em conviver com essa aberração, que é essa vala a céu aberto, já com mais de 2.0 nas costas, pessoas acostumadas a só pular a vala e seguir o seu caminho sem se importar mais com a vala, talvez se pode até afirmar que a vala faz parte do destino de quem ali convive diariamente e ai tem-se a sensação de que ela não vai sair dali tão cedo, e com certeza essa vala se orgulhará de informar que está prestes já a fazer parte de uma outra geração, isso a fará orgulhosa por demais.

Situação bisonha, vivida a muitos anos pela Escola Sebastiana Lenir, estando todos que dela participam, constrangidos, pois o gritar da preservação do meio ambiente é notório, e essa vala a céu aberto, na frente da escola, vai de encontro a tudo que está sendo ovacionado em favor da conservação do meio ambiente.

Gritem, falem, discutam, pratiquem a conservação do meio ambiente, mas não deixem que uma vala a céu aberto na frente de uma escola, possa fechar a boca de todos, desafiando os arautos, os cientistas ambientais, os políticos de plantão, a fechá-la para sempre, em favor não só do meio ambiente, mas em favor, pasmem, da escola contra a vala. Secretarias de Meio Ambiente, Educação, Saúde, Vigilância Sanitária, armai-vos e vamos todos a luta contra essa histórica vala a céu aberto da Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida.

  • Aqui na Serra do Navio a Escola Colônia de Água Branca, situada na comunidade de mesmo nome, passa por situações piores que esta, se a vigilância sanitária ou o Corpo de Bombeiros fizesse uma visita interditaria a escola, pois a mesma não oferece condições mínimas de garantir a permanência de crianças em suas dependências.

  • As escola dos Amapá, tirando as dos centros, são muitas esquecidas pelo poder público e isso não é mostrado pelos veículos de comunicação, nós que somos professores somos os maiores prejudicados…

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