Até que enfim

Governador reúne para avaliação da saúde do Estado e anuncia força-tarefa

Os principais problemas de atendimento médico da rede estadual foram colocados na mesa ontem, sábado, pelo governador Camilo Capiberibe, que reuniu com o secretário de Saúde, Lineu Facundes e sua equipe de trabalho.
Por cerca de quatro horas, nesta primeira reunião, após a posse do novo secretário, uma extensa avaliação das dificuldades que atravessa o setor no Amapá foi discutida tendo como ponto fundamental as reclamações de usuários.
Assistência e gestão foram as palavras chaves que darão início ao processo de reformulação do atendimento à saúde para aliviar a situação em que se encontra. O governador pediu urgência para resolver problemas de cirurgias, consultas e medicamentos.

Fatos
Conscientes dos problemas, onde o mais prejudicado acaba sendo o cidadão, os participantes da reunião, incluindo os secretários de Planejamento, Juliano Del Castilo, de Administração, Luíza Picanço, e o procurador-geral, Antônio Kleber, consideram a saúde o grande desafio do governo estadual.
“Vamos resolver todos os gargalos que emperram a saúde, quero que as pessoas percebam a mudança real, conseguimos avanços em 2011, mas é preciso sermos coerentes e verdadeiros ao lidar com a situação. Acredito que vamos andar mais aceleradamente a partir desta reunião”, disse o governador Camilo.

Problemas
As filas para atendimento, carência de especialistas e falta de medicamentos, são as principais reclamações de quem precisa dos serviços públicos de saúde.
O grande questionamento foi quanto ao aumento de contratação na área de saúde que mesmo assim continua deixando o atendimento deficiente.
O secretário considera que após a finalização do concurso público, cujo edital foi publicado esta semana, vai resolver consideravelmente esta situação. O concurso oferece vagas para especialista em diversas áreas, que irão acabar com a carência atual.
As filas e o atendimento nos corredores, que são as principais reclamações, são explicadas pelo secretário Lineu como o resultado de uma cadeia que precisa ser alinhada. Para ele, a maioria dos pacientes que aguardam no corredor do Hospital de Emergência por uma cirurgia no HCAL são vítimas da deficiência das salas de cirurgia e da desordem dos postos do município.
“Temos uma demanda reprimida por causa das salas de cirurgia carentes e falta de especialistas. Tem ainda pacientes que deveriam ser atendidos em postos de saúde, mas estes nem sempre estão funcionando. Vamos fazendo um levantamento sobre essa questão“, reforçou o secretário Lineu.

Soluções
Os equipamentos que hoje deixam a desejar por sucateamento tiveram o norte delimitado. A maioria dos equipamentos modernos que são necessários não são encontrados no Brasil, o que limita a variação de escolha e esbarra na exigência dos recursos conseguidos para este investimento.
Por determinação do governador, o secretário Juliano Castilo colocou à disposição uma equipe da Seplan e do BNDES, de onde vem parte do recurso, para que orientem a Sesa sobre os procedimentos para compras fora do país dentro da legalidade. “O BNDES quer impulsionar a indústria brasileira, mas em casos como esse, de urgência, há exceções”, disse Juliano.
A compra de medicamentos foi tratada como um problema burocrático. A exigência que atrasa a aquisição de remédios teve o aval do procurador Antônio Kleber, que garantiu que o tempo de análise dos processos reduzirão de oito para quatro dias, para agilizar a compra.
O secretário Lineu garantiu que a maioria dos processos de licitação está em fase de empenho e em breve os medicamentos estarão nos hospitais. Lineu afirmou também que o andamento de processos na área de saúde é dificultado, não somente pela burocracia, mas ainda pelo atraso tecnológico.
“Vamos investir em informatização, não há como garantir celeridade nos processos se estamos atrasados tecnologicamente, os processos terão mais agilidade em pouco tempo”, disse o secretário.
A partir da próxima semana uma força-tarefa estará em ação na saúde para identificar mais gargalos e buscar soluções. Todos os setores do GEA, principalmente as pastas auxiliares, estarão unidos trabalhando para dar solução aos problemas.
“Será um mês de trabalho intenso na saúde e vamos melhorar. Não tenho dúvidas. A assistência irá se empenhar para fazer o levantamento desses problemas, e a gestão vai fazer a sua parte. Temos que garantir médicos, remédios, atendimento e transparência nas compras”, finalizou o governador.
No próximo sábado, 17, esta mesma equipe se encontra novamente para indicar caminhos práticos possíveis para os problemas apresentados hoje.

(Mariléia Maciel/Secom)

  • AGRADEÇA AO GOVERNO PARALELO. SE DEPENDESSE DA BOA VONTADE DO CAMILO E DA SOCIEDADE DO AMAPÁ QUE É INERTE NADA ACONTECERIA. CADÊ OS NOT E OS ACORDOS COM OS PROFESSORES.

  • Gostaria de saber porquê esse sr. Fernando Moreira é tão raivento com o governador? Onde você estava durante os 08 anos de desgoverno no nosso estado e nunca se pronunciou. Tenha amor a essa terra, pense positivo, aproveite o Dia Nacional da Poesia e amoleça seu coração.

  • Dificuldades são muitas iniciando pela estrutura fisica dos hospitais publicos que são da decada de 40 e remendos em cima de remendos. Poucos médicos e pouquissimos especialistas que ditam a carga horaria e os ganhos, deixando os gestores refens. Para estes problemas fundamentais há que descentralizar o atendimento reforçando a Atenção Basica e ampliar a assistencia com novos hospitais melhorando a alta e media complexidade e tomar a medida que está sendo tomada, de concurso publico para médicos, mas com salarios atrativos e provas em outros centros do país. Importar equipamentos é medida equivocada pois a industria nacional é boa e tem assitencia tecnica disponivel. Licitação internacional corre o risco dos Xing-Lings entrarem nos hospitais. Há como buscar recursos e os atuais gestores sabem o caminho das pedras.

  • Ainda estou confiante nesse governo,as “mudanças” devem acontecer sim e com urgência,mas precisa ter cautela p/não se praticar os mesmos erros do passado.

  • Tô querendo ser otimista, mas toda vez que vejo a administração pública formar uma comissão, força tarefa ou algo que o valha, o problema não sai do papel. Muito mimimi, muito cacique, pouco índio, vários pais da mesma criança que, coitada, morre de fome. Estou cético, só o tempo pode convencer do contrário.

  • Angelo com calma. Não esqueça o que não faltou nesse governo foi promessa não cumprida. Vamos aguardar para verificar in loco se não se trata de mais uma mentira para acalmar os animos.

  • Votei no camilo e ate defendo ele aqui e aonde posso, mas o que tenho notado e que o governo esta sem rumo, nosso governador esta sem saber o que fazer, ou ele toma o rumo deste barco ou sei nao, a vaca vai para o brejo, mas se chegar ao final dos 4 anos e ele conseguir moralizar, pagar as dividas e nao ser tao corrupto quanto o governo anterior esta de bom tamanho. porque sinceramente ja perdi as esperanças na classe politica do nosso estado.

  • Parabéns governador Camilo o sr. demostra com isso que está preocupado com a saúde dos amapaenses, pois uma boa administração se faz assim, procurando corrigir seus próprios erros, diferente do governador Waldez que teve vários secretários de saúde presos.

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