Boca no trombone

Recebi por e-mail com pedido de publicação:

Moradores dos Congós indignados com a destruição da praça
Altemar Alcântara

No dia 07 de setembro, a praça do Ciosp no Bairro do Congós foi revitalizada com  limpeza e pintura para receber  a visita do Governador Camilo Capiberibe  que  no dia  seguinte (08), foi ao local para assinar  a ordem de serviço que daria  início a construção   do PARQUE DOS CONGOS, obra do PAC iniciada no governo Valdez Góes, que visa retirar os moradores da área de  ressaca do Bairro.

O Projeto original do Parque dos Congós, bem como todos os estudos técnicos de impacto ambiental e prospecção do terreno, foram realizados na  área denominada  de SUCATÃO, que fica atrás do CIOSP do Congos, ali seriam construídos 12 prédios para abrigar as famílias da área de ressaca.

No dia seguinte após a assinatura da ordem de serviço, uma empresa começou a quebrar a quadra poliesportiva da praça do CIOSP. Os moradores imaginavam que o Governador havia mandado revitalizar toda a praça  que necessitava de reformas, naquele momento, foram informados pelo gerente da Caixa, que ali na praça seriam construídos Blocos do Parque dos Congós.

Questionado pelos moradores que a área destinada ao projeto era o SUCATÃO, que fica  atrás do CIOSP, e que inclusive já havia sido indenizada, o gerente respondeu que o projeto foi alterado  pelo governo do Estado..

Os moradores indignados chamaram a imprensa e externaram a sua revolta, imediatamente, começaram a colher um abaixo assinado pela permanência da praça do bairro que já conta com mais de 400 assinaturas.

Os moradores alegam que são totalmente a favor da construção do Parque dos Congós, pois trará benefício para toda a comunidade e principalmente para os moradores da área de ressaca que merecem moradia digna, no entanto são contra a destruição da praça que é um patrimônio público construído no governo Capi, sendo discutido o projeto na época com a Comunidade.

Ficaram mais revoltados com o argumento utilizado pelo Secretário de Infra estrutura Joel Banha que declarou na TV Amapá que “o projeto foi alterado para economizar 40% na fundação dos prédio” sendo que o recurso é federal – PAC. Todos se questionam por que só agora a equipe técnica identificou que a área do Sucatão não é a mais adequada para receber todo os prédios?? por que transferir 06 blocos de apartamentos para a praça do bairro?. Os moradores questionam já que o recurso e federal, economizar pra que?

Moradores alegam ainda que a praça é um patrimônio Público e um centro de convivência já integrada a vida da comunidade, lá são realizados diversos eventos comunitários e religiosos pelas igrejas evangélicas e católica, entre outros eventos culturais como: concursos de quadrilhas, festas juninas entre outros realizados pela comunidade em geral.

Informam ainda que a quadra poliesportiva  da praça é utilizada pelos professores  e alunos da Escola Benigna Moreira de ensino fundamental e médio para prática de esportes e outras atividades integradas a comunidade.

O espaço ainda é utilizado para caminhada por pessoas da comunidade e principalmente as de terceira idade bem como práticas esportivas pelas crianças e adultos da comunidade.

Como já faz parte da rotina e integração de todos da comunidade decidiram pela permanência da praça em assembléia extraordinária realizada na Associação dos Moradores do Bairro dos Congos no dia 10 de setembro.

Diante da decisão pela permanência da praça os moradores sugerem ao  Governo do Estado que encontre um solução mais adequada, que construa os Blocos na área do Sucatão que já esta indenizada e destinada para o projeto,  que altere para a área do Antigo Aninga, um quarteirão que está abandonada ou que desaproprie outra área do bairro, mas que não prejudique a comunidade acabando com a praça do CIOSP que é da comunidade em geral.

Alegam que na época a comunidade se reuniu com o  então Governador João Alberto Capiberibe, na Escola Benigna Moreira e decidiram pela  construção de uma praça e  um Ciosp pela localização estratégica,  que o projeto custou aproximadamente 4 milhões de reais  aos cofres do Estado incluindo a delegacia.

Moradores, juntamente com o Conselho de segurança do Bairro estão realizando um abaixo assinado  e entrarão segunda  feira (19-09) junto ao ministério Público com ação popular e  ação civil pública  pela permanência do patrimônio Público e pelo espaço de convivência cultura e lazer já integrado a vida da comunidade.

  • Essa praça já estava destruída faz bastante tempo. De que adianta a prefeitura embargar uma obra que beneficiará centenas de pessoas carentes? Só pra continuar a queda de braço com o governo ou será que vai reformar a praça? Nosso Prefeito não consegue tapar os buracos da cidade vai reformar praça…

  • Creio que o fundamental nessa estória toda, é dar moradia digna e cidadania as pessoas que moram nas áreas de ressaca. Acho que, quem deve estar reclamando a troca de uma área de lazer por moradia digna, não deve ser ninguém que mora no lago, e sim gente com condições de praticar suas atividades de lazer em outro local.

  • Abaixo assinado (Moradores + Conselho de segurança do Bairro) + ação popular + ação civil pública = “economizar pra que?”

    Esta é a equação da gigantesca ignorância que moveu o cotidiano de pessoas que viram como uma “violência” assegurar que cada tostão que nos é destinado seja da forma mais racionalmente empregada.
    É sem duvida lamentável querer mobilizar o poder judiciário para assegurar que seja efetivamente mal empregado o novo dinheiro.

    Para constar: Na readequação do projeto original o novo não contemplaria a construção de uma quadra poliesportiva numa escola das remediações e ainda a construção de mais uma praça?

  • Com certeza quem está reclamando por essa praça, que serve mais pra abrigar maconheiro e cachaceiro, já tem sua casinha pra morar e tá se lixando pra quem mora no lago, sem água tratada, sem energia elétrica e na fedentina. Até que provem o contrario, ninguém me tira da cabeça que tem gente articulada manipulando essa gente com o intuito que criar embaraço na realização dessa obra tão importante para a população pobre.

    • Caro Eduardo você está completamente enganado, eu, bem como os demais moradores que ali residem somos absolutamente consciente de que o projeto do governo para habitação também é um direito fundamental previsto no artigo 6º. da constituição federal e que todos os moradores da área de ressaca tem direito a uma residência digna e em momento algum estamos nos opondo ou sendo contra a construção do Condomínio Parque dos Congós, muito pelo contrário todos no bairro somos totalmente a favor porque além do benefício social que trará aos moradores contemplados, trará investimentos em infra estrutura e melhorias para o Bairro com a conseqüente valorização dos imóveis que ali se localizam. Isso foi discutido em Assembléia só não aceitamos a alteração do projeto original e tranferência de 07 dos 12 prédios para a praça do Bairro que ao contrário do que você afirmou está integrada a vida desta comunidade como um espaço de cultura e lazer. Também não se trata de nenhum movimento político para embaraçar a obra, trata-se também de defender outros direitos fundamentais como cultura ao esporte e ao lazer. Eu votei no Camilo e desejo que ele faça um excelente governo, o problema são os assessores que estão com muita sede ao pote e para liberar a qualquer custo o recurso do PAC, tomam decisões esdrúxulas como esta que acabam mais uma vez desgastando o Governo.

  • Graças a Deus essa obra absurda foi interrompida pela Prefeituta de Macapá, o que se passa pela cabeça de um governante quebrar um patrimônio que é de uso público e que serve inclusive para práticas físicas de escolas que não possuem quadras poliesportivas? Nada pode pagar o bem estar do cidadão. A área para contrução já existe, e para “economizar” arranja-se essa desculpa, ora bolas… tá pisando na bola hein senhor Governador.

  • Chamou minha atenção as “áreas disponibilizadas” pela Associação de Moradores: Área do Sucatão e Aninga. Aí pensei: será o sucatão uma área onde despejou-se entulho; resíduos metálicos e industriais? Aninga : lembro-me de uma árvorezinha pequena, extremamente leve e flutuante que nasce e reproduz-se em área de várzea (alagada). Será isso? Minha premissa está certa? Caso positivo isso vai onerar em muito a obra. E isso não deve ser desprezado pois o Estado brasileiro ressente-se de poupança (reservas). Quero dizer: os recuros são limitadíssimos. O custo/benefício da subsituição da praça é significativo: a) irá propiciar a realização do sonho da casa própria à muitas famílias; b) trará a obra, dentre outros benefícios: saneamento (asfalto); iluminação pública; fornecimento de água tratada; escola; centro esportivo/lazer e comércio, pois pelo que sei: a obra do PAC, não se restringe tão-somente a construção de casas; c) pela cadeia produtiva sabemos que a construção civil contempla geração de trabalho e renda aos trabalhadores mais necessitados: pedreiro; eletrecista;marceneiro; vidraceiro; encanador; camioneiro; carroceiro. Gera renda e dinamiza o comércio local.
    Ao que sei, desculpem se estou errado: essa praça não tem o valor histórico da Praça Barão; Praça Floriano Peixoto, dentre outras. Nem, tão pouco, investimentos já feitos que possam caracterizar um incongruência, pois, não?
    Resta saber com quem está o controle social e político dessa Associação…..
    Quiçá o Governo não eleja outra comunidade para usufruir dos benefícios elencados…
    Josenildo Mendes de Sousa

      • Não lembro direitinho, mas essa obra não fo orçada em 2007 e a sua execução não era para 2007 ou 2008? E agora, como o mesmo orçamento os caras contruirão e,m 2011??? Isso é milagre, pois o orçamento velho não dá mesmo…Será esse o motivo da mudança de local? Ou o governo só quer economizar, pois economizar no Amapá parece ser crime. Não é estranho??? O problema é a saúde da farra com o dinheiro público a pouquinho tempo atrás??? Deus nos proteja e de Sabedoria ao Governo!

    • Caro Josenildo, todos os moradores do bairro querem a construção do Condomínio Parque dos Congós na área que foi projetada pois temos consciência dos benefícios que irá trazer a comunidade. A área do Sucatão que fica atrás do Ciop, não foi sugestão dos moradores ela já foi idealizada no projeto original. Se você conhece bem a área do antigo Aninga, sabe perfeitamente do que estamos falando, lá não tem “plantinhas” mas um vedadeiro matagal abandonado um quarteirão inteiro na Claudomiro de Moraes. Sugerimos ainda para o Governo a área do Moraes que fica a 300 metros da atual,e é o dobro do tamanho da praça, outra área sugerida fica atrás da escola Raimundo Alencar entre a 27 e 28 de julho. Se não houvesse outras áreas para construção do Condomínio justificaria tamanha aberração da SEINF em querer economizar R$ 1.279.000,00 e destruir um patrimônio que por incrível que pareça custou aproximadamente R$ 4.000.000,00 (quatro milhões) aos cofres públicos do Estado. Outra observação infeliz sua. Quer dizer que se fosse outra praça (Barão, Floriano Peixoto)seria diferente?? Para você a praça do congós não tem importância, será que você não é um dos nobres técnicos da sinf, pois está bem informado sobre o projto. Mas para os moradores que ali residem e usufruem dela concerteza pensam diferente de você esta praça já está integrada a vida da comunidade, respeitem este bem público.

    • Não existe recurso limitado neste País, outro dia o impostômetro bateu em R$- 1 Trilhão em arrecadação, dinheiro que bobo não conta e sabido se atrapalha ao contar. A realidade é outra, os recursos são desviados em grande monta, só nos últimos 8 anos foram R$- 40 bi segundo o TCU. O que falta realmente é conciência aos políticos e discernimento ao povo para com a utilização de seu voto, que é a única arma que dispõe para ao menos tentar estirpar do seio da vida pública os péssimos exemplos de honestidade e honradez e no entanto os elegem a cada pleito, mesmo que o indivíduo não lhes traga nenhum benefício. Se a cada pleito, os que nada oferecessem não fossem reeleitos, com certeza os demais já se movimentariam para fazer algo em beneficio do povo. Enquanto tratarmos nosso voto como moeda de troca visando apenas o nosso bem estar ao invés da coletividade as coisas continuarão como estão. Então, que Estado, que País deixaremos para nossos descendentes?
      Hoje, no Rio de Janeiro haverá um grande movimento na Candelária contra a corrupção, tomara que este virus do bem contamine toda a nação, pois o povo ainda não percebu que o poder realmente emana dêle.

Deixe um comentário para Kleber Santos Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *