Brasileiros foram atacados com facões e machados no Suriname

da Folha Online, com France Press

Facões e machados foram utilizados no ataque que deixou pelo menos 14 brasileiros feridos no Suriname durante a noite de Natal. Além disso, os surinameses estupraram mulheres no incidente, ocorrido em Albina, que fica a 150 quilômetros da capital Paramaribo.

De acordo com a BBC Brasil, além dos brasileiros, chineses que vivem no local também foram atacados. A polícia surinamesa divulgou que quatro pessoas ligadas ao episódio foram presas e deverão ser interrogadas neste final de semana.

Brasileiros temem chacina no Suriname, diz embaixador

O incidente foi motivado por um crime supostamente cometido por um brasileiro, gerando uma reação dos ‘marrons’ –como são chamados os descendentes quilombolas no país, segundo o embaixador brasileiro no Suriname, José Luiz Machado e Costa.
‘Esses marrons dominam aquela região. O assassinato de um deles desencadeou uma reação muito forte e indiscriminada contra os brasileiros que estavam lá. Houve muita agressão, houve muitos feridos’, disse. ‘Na cidade vivem cerca de 2.000 brasileiros.’

Albina, que possui cerca de 10 mil habitantes, tem um grande contingente de brasileiros que vão trabalhar com garimpo no outro lado da fronteira –o que é proibido pelas leis daquele território, que ainda pertence aos franceses.

Além de atacar os brasileiros, o grupo invadiu um shopping center e outras lojas da cidade. Os moradores locais chegaram a incendiar algumas lojas e bombeiros de Saint Laurent du Maroni, na Guiana Francesa, ajudaram a extinguir as chamas.

Ainda de acordo com a BBC Brasil, 20 brasileiras, incluindo uma mulher grávida, teriam sido estupradas durante o incidente. Segundo o embaixador, uma gestante atacada perdeu o filho e está em estado grave.

Os brasileiros atacados foram transferidos pelo governo do Suriname para a capital Paramaribo –exceto a mulher que estava grávida, que foi transferida para um hospital na Guiana Francesa. Ainda não há uma lista de nomes deste grupo porque, segundo o embaixador, muitos deles não possuem documentos.

Segundo Costa, “a chancelaria brasileira e o Ministério de Defesa analisam a possibilidade de enviar um avião da Força Aérea com roupas e medicamentos para o local, mas o envio depende das autoridades do Suriname.

“Chacina”
Costa disse ainda que dificilmente os brasileiros voltarão para Albina após o ataque. ‘Não acredito que queiram voltar. Eles estão falando em chacina, em assassinato em massa, eles estão muito assustados’, relatou o embaixador.

Segundo ele, os brasileiros que moram em Albina sequer trabalham no país. Eles costumam garimpar na Guiana Francesa, onde a atividade é proibida pelo governo francês. ‘Eles ficam esperando a vigilância baixar a guarda e vão para lá, e só ficam acampados na beira do rio em Albina’, explicou.

  • Eu estava no Pais na época.
    Conversei com o rapaz que foi vitima e percursor do crime. Depois da prisão dele. Ele me disse que achava que estava preso porque o rapaz que matou o surinames não foi encontrado e ele teve que ficar no lugar dele.
    Aconteceu que: Um surinamês conhecido entre os brasileiros por estorquir se deu mau. No momento da extorsão ante dois brasileiros um, ainda menor, o esfaqueou. O agressor estava defendendo o amigo que já não estava tão novo para brigar.
    Todos os surinameses foram se vingar dessa morte portando cacetetes e acabando com o que viam pela frente.
    A cidade é muito pequena mesmo. O comércio é dos chineses. Os brasileiros estão lá pelo ouro. É uma cidade de passagem também.
    Era natal. Uma época difícil para quem não tem dinheiro e nem como conseguir. Usaram o incidente para agir criminosamente amparados pela desculpa da morte de um deles.
    Falei com uma mulher que me disse que tinha sido estrupada 17 vezes. Estava muito nervosa, atordoada mas, firme nas palavras e confirmou quando eu assustada pedi confirmação.
    Albina é divisa entre guiana francesa e suriname. Povoada por kilombolas. O pais ainda não possui política para os kilombolas. Simplesmente não conseguiram reintegrá-los a sociedade. Alguns não falam a lingua oficial do País. Todos são invasores para eles. Invasores tem que pagar! Tudo que o invasor faz tem que ser deixado lá de alguma forma.
    Os kilombolas são dominados por uma poliítica de Governo com forte influência do oriente médio. Assim como Haiti e outros Países da Àfrica.
    A pulação brasileira concentrada na cidade logo se mobilizou. Arrumaram hotel e comida e depois o Governo mandou pagar. Como também mandou avião.
    Simplesmente eles aproveitaram para roubar e estrupar.
    Eu fui a pessoa que atendeu o telefone das organizações que queriam detalhes oficiais do caso.

  • Alcinéa, isso que se passou no Suriname contra os brasileiros é genocídio. Sair revidando em todos a ação criminosa de uma única pessoa da mesma nacionalidade? Que isso!
    Nosso governo está dormindo. Escrevi alguma coisa sobre isso no blog que criei essa semana. Poxa, tanta informação desencontrada… é muito triste e estão fazendo pouco caso, sim.

  • Em hipótese alguma a violência justifica-se a violência. Mas, até agora, só tenho visto reportagens que colocam os “marrons” como vilões e os brasileiros como coitadinhos. Fatos e fatores precisam ser abordados. Não conheço a realidade daquela região, mas já constatei a arruaça que os brasileiros promovem na Guiana Francesa: bebem e agridem os nativos. O perfil dos que vão pra o Suriname não deve ser diferente.

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