Caminhada marca o Dia do Deficiente

Uma caminhada em defesa da acessibilidade marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta segunda-feira, 21. O objetivo da caminhada é incentivar a reestruturação da capital e dos demais municípios, buscando a construção de espaços acessíveis às pessoas com deficiência e adaptando os já existentes, de modo a atender as necessidades das pessoas com deficiência.

A concentração da caminhada será às 16h no Centro de Apoio ao Surdo (CAS), na Avenida Mendonça Furtado entre Leopoldo Machado e Hamilton Silva, no bairro Central. De lá todos seguem para a Praça da Bandeira, onde haverá um ato público e apresentações teatrais e musicais. Para o evento foram convidados alunos e professores de escolas públicas e particulares e pessoas sensíveis à causa da inclusão.

“Os grandes problemas hoje, sem dúvida, são os prédios de uso público. Agências bancárias, lotéricas, hospitais, lojas, restaurantes, todos esses precisam se adaptar e essa é a razão da nossa campanha. Não basta ter lei, ela tem que ser cumprida e é cumprida na medida em que haja cobrança”, afirma Renivaldo Costa, um dos coordenadores da caminhada e professor da área de Deficiência Intelectual.

De acordo com Maria Alice da Costa Oliveira, gerente do Núcleo de Educação Especial da Seed, que organiza o evento, a secretaria tem cada vez mais cobrado e acompanhado o processo de mudanças  para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. “Nunca houve no Amapá tantas políticas públicas voltadas para a deficiência, como nesses últimos sete anos anos”, afirmou. “O nosso  movimento social tem se fortalecido”.

Maria Alice  disse que uma das prioridades na luta dessas pessoas é a educação, já que grande parte das escolas, principalmente as estaduais, ainda é inacessível, tanto na questão física, quanto na pedagógica. Segundo ela, isso justifica a baixa escolaridade das pessoas com deficiência.

No Brasil, 22% dos deficientes são analfabetos e a repetência entre crianças e jovens com deficiência é quatro vezes mais. Como parte da campanha em defesa da acessibilidade está sendo distribuída uma cartilha nas escolas públicas de todo o Estado para sensibilizar os alunos e os gestores e dar mais valor social aos deficientes. A cartilha chama-se “Todos chamados à inclusão” e foi produzida com apoio da Secretaria de Comunicação e da Diocese de Macapá.

(Renivaldo Costa, da Coordenação)

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