A Rede
Glória Araújo
A rede velha comeu foi fogo
Com nós dois pra lá e pra cá,
O suor cobria nosso corpo
Ajeita a rede, balança a rede,
A rede querendo rasgar
E nenhum queria parar.
Eu rangia os dentes e gemia
Ele dizia: agüenta, meu bem,
Que já vou terminar.
Depois de muito esforço
Puxamos a rede e o que vimos
Valeu todo o sacrifício
O peixe era enorme
Dava para o almoço e jantar.
12 Comentários para "Chá das cinco"
Nossa! Muito bom, uma delícia de sentido duplo. Parabéns!
Gostei dessa gatinha poetisa !!!!
Glória, Glória!! eu adoro você, gosto muito desse poema e bem sei que ele tem dupla face. É uma mistura de pureza e pecado rsrs. Parabéns querida! Saudades…
Ê, Glória! Gloria a Deus, pornos ter dado essa gata, que, aos 15 anos nos revela a formosura de seus escritos. Te amo!
Estou com saudade da “sexta à tardinha” ou ” de noitinha”, como nós nortistas costumamos dizer. Um abraço aos adminradores da poesia.
Eu sou fã da Glória, essa mocinha com seus poemas de duplo sentido. Ela nos mostrar que a maldade está em nossas cabeças, não na dela. rsrs… Mas ainda descofio do que Alcinéa me contou, aquele poema do Homem Nú, tem outro fim. rsrs… Abraços
Otimo, D. Gloria! A gente pensa logo outra coisa, kkkkk! Ainda mais com esse sorriso que a sra mostra nessa foto! Valeu. Bjão
O poeta Fernando Pessoa dizia que escritor é aquele que constrói imagem ao falar da alma humana, do cotidiano, da vida. Quantas imagens dá para construir a partir deste volumoso texto. Amei! Tem mais?????
Nossa, quanta sutileza, criatividade e bom humor, adorei. Parabéns à autora.
E até o fim da 2ª estrofe,
eu estava a me assustar…
Parabéns pela sutileza e criatividade.
Magistral!!!
Muito joia. Quem pensou outra coisa, dançou!