Contra a dengue e a poluição

A Prefeitura de Macapá vai ter que descruzar os braços e fazer alguma coisa contra os proprietários de prédios e terrenos que são criadouros do mosquito da dengue e lixeiras.

Hoje pela manhã conversei com o promotor  Haroldo Franco, titular da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente e Urbanismo, sobre os criadouros de dengue que mostrei ontem aqui no blog, no post “Ameaça à saúde pública”. Ele disse que  já encaminhou solicitação ao Município no sentido de que através da Semam, Senduh e Semur, promova as medidas necessárias junto aos proprietários, tendo em vista os riscos que a situação atual representa para a saúde pública. Além disso, a  PRODEMAC está adotando as providências necessárias à formalização de Recomendação ao Poder Público, de forma a assegurar o cumprimento das disposições previstas na Constituição Federal e no Estatuto das Cidades, com relação ao abandono, não utilização ou sub-utilização de imóveis situados na área urbana.

Haroldo Franco falou também sobre a poluição ambiental e ressaltou que independentemente da responsabilização civil, cumpre observar que o fato pode configurar crime de poluição previsto no Artigo 54 § 2º, inciso I da Lei 9605/98.

Aí tem uma lixeira, mas os porcalhões acham mais bonito jogar o lixo no chão

Gente, enquanto o poder público e a população não se unirem a dengue vai continuar fazendo vítimas. Ontem o vereador Clécio Luís, do PSOL, disse que nas primeiras seis semanas deste ano já foram registrados 336 casos de dengue, o que significa que a situação é extremamente grave se medidas urgentes não forem tomadas para combater o mosquito Aedes aegypti.
É um crime o que donos de prédios e terrenos abandonados – e aí tem prédios não só de particulares, mas também dos governos federal, estadual e municipal – estão fazendo. Esses espaços se transformam em gigantescos criadouros do mosquito. A população também tem enorme parcela de culpa, pois faz de qualquer prédio ou terreno abandonado uma lixeira.
Além disso, há os munícipes que não limpas seus quintais (grande parte dos focos de dengue são encontrados em quintais), não limpam as calçadas, não acondicionam corretamente o lixo, jogam copos descartáveis, garrafas, tampinhas, latinhas, sacos plásticos, enfim tudo que acumula água, em qualquer lugar.
Parece que essa gente ainda não aprendeu as mais básicas noções de higiene e também não aprendeu que a dengue mata.

Se cada um fizer sua parte ficaremos livres da dengue, da leptospirose e de outros males e viveremos numa cidade limpa e agradável.

Que tal em vez de jogar o lixo no quintal plantar uma árvore? Que tal em vez de sujar a frente das casas fazer jardins?

  • Saudações

    Conforme o Dr. Henio Lacerda presidente da Sociedade de Infectologia do Rio Grande do Norte o combate a dengue não é executado como deveria nem pelos governos e nem pela população ! Eu mesmo tenho uma patente anti dengue de vasos e pratos aprovada tecnicamente pela Secretaria de Vigilancia e Saude-Ministerio da Saude.Com muita luta lançamos uma inovação da coleta do excesso de agua da rega de vasos e xaxins de plantas e flores, que não permite ao aedes aegypti proliferar nestes ambientes. Pratos(porta vasos e xaxins) anti dengue,produzidos em plastico reciclado que está aprovado tecnicamente pela Secretaria de Vigilancia e Saude – Ministerio da Saude. Porém esta muito dificil colocar no mercado , pois quando faço a apresentação , é colocado pelo meus interlecutores de que para combater a dengue em vasos e só colocar areia nos pratos(porta vasos e xaxins) como manda o Governo Federal ( Ministerio da Saude),ai não há nescessidade de trocar os pratos comuns para vasos e xaxins que são fabricados oficialmente (permitidos) sem restrição, e faço uma observação : nenhum vaso, prato para planta e nem xaxins tem em anexo informação sobre o problema da proliferação da dengue nestes PRATOS , ora , campanha de combate a dengue sem informação sobre os cuidados sobre a mesma nos PRATOS e VASOS para plantas e flores é Hilaria !!! Obs.: No tocante a areia que é mandado colocar nestes Pratos na campanha de combate a dengue do Ministerio da Saude é um paliativo, pois esta areia com pouco tempo(quase toda areia contem terra e ou ficará misturada com substratos da terra dos vasos por causa da rega ficará endurecida, apodrecida, mofada e será dispensada em terrenos baldios, bota fora (entulhos e quinquilharias) e lixo ,infelizmente a maioria lixões a ceu aberto e como o ovo de AEDES quando desova em pratos e vasos pode grudar em algum grão desta areia que fica no minimo umida com a rega ,e fica até 400 dias hibernado e com chuvas a prolideração nestes ambientes será perpetuada. Outro fator que não é recomendado pelo Ministerio da Saude é de que estes pratos(porta vasos e xaxins) e vasos de plasticos quando quebrados etc , forém dispensados tem que serem lavados seguindo os ritos da lavagem de utencilios que usam agua para o seu reuso. Varias prefeituras brasileiras , Belo Horizonte por exemplo ja não mandam colocar areia nos pratos e que joguem fora estes, ora que loucura administrativa pois estes pratos(porta vasos e xaxins) comuns são fabricados oficialmente(sem restrição) com investimentos na produção ,sendo estocados, comercializados recolhendo impostos federal, estaduais e minicipais e a recomendação de jogar fora é um procedimento,ora não tem logica !!! Infelizmente desenvolvi uma invenção para o combate a dengue em vasos de plantas e flores ,e para concretizar o projeto vendi moradia,e para conseguir a fabricação das matrizes emprestimos bancarios , e depois desta luta toda de varios anos (13 ansos) ter que jogar a toalha é uma grande decepção !

    Desde Obrigado

    Atenciosamente

    Roberto Luiz de Lima

  • Temos que pensar também na malária, tivemos em 2010 diversos casos com contaminação dentro de Macapá, inclusive com parasitemia alta, e não soube que tenha sido divulgado à população esses dados, pois trata-se de situação grave, e necessita de enfrentamento, o habitat dos dois mosquitos é o mesmo água parada. Combatendo um mal estaremos eliminando o outro também.

  • Ontem à tarde, em pleno Eixo Monumental, tombado pelo Patrimônio Histórico Cultural, vi um “cidadão” balançando uma garrafa pet na janela do carona carro. Eu ia logo atrás e comecei a torcer para que ele não jogaria aquela garrafa na via. Leda esperança: ele jogou. E prosseguiu viagem normalmente, como se tivesse acabado de tomar um copo de água. Muito se fala que comportamentos desta natureza advêm da falta de educação, mas eu arrisco a qualificar isso como falta de consciência – esse fator que, dentre outros aspectos, distingue o ser racional do irracional. É muito complicado entender este paradoxo: o que reclama da má qualidade de vida é o mesmo que elege os maus políticos; o que sofre as consequências de uma enchente é o mesmo que entope os bueiros com lixo jogado na rua. Às vezes sinto que vou “entrar em parafusos”.

    • Roque, sempre escuto um vai tomar no… ou fdp! O cabra tá errado, ainda é abusado de retrucar.

      Eu não resisto passo do lado do carro e chamo mesmo de PORCO ao ver jogando lixo pela janela de carro já briguei várias vezes… Aí como resposta sempre sou acarinhado com doces palavras. Kkkkkkkkkkkkkk

  • Prezada Alcinéia, faço um apelo para que vc repercuta novamente o crime ambiental e atentado à saúde pública que vem ocorrendo na Avenida General Osório entre Hamilton Silva e Manuel Eudóxio, com despejo no meio da rua de esgoto em função de uma tubulação entupida e alagamento do subsolo de um prédio de quatro andares abandonado e que se tornou um gigantesco criadouro do mosquito da dengue em plena área central de Macapá. Como poderemos evitar uma epidemia e uma calamidade se as autoridades não fazem a sua parte. Será que só com os moradores tirando a água de seus vasinhos de plantas vão resolver o problema?

  • Tô adorando seus posts sobre a manutenção urbanística e saúde. Muito bom mesmo, cidadão e poder público juntos é a melhor saída. Acho que falta política pública de informação social, é lamentável sempre esperar o caos, política preventiva é o mais barato, mas nossos gestores são incapazes de ver. Agora, passando o surto não se toca mais no assunto e fica pro próximo ano… É sempre assim!

  • Néa

    Quem sabe se lança uma campanha contra a dengue desta forma:
    1)Uma forte campanha de midia informando os maleficios da dengue.
    2)Casas em que forem encontrados lixo e focos de mosquito os moradores perderão seus beneficios sociais(Bolsa familia,Renda para viver melhor e outros.)
    3)Terrenos,industrias e comercio em geral,terão multas de R$.1.500.00

    Talvez assim,metendo a mão no bolso destes irresponsaveis,eles entendam.

    • Sugiro que se descarte o item 1. Todos sentem na pele os malefícios da doença – ou pelo menos conhecem alguém que já os tenha sofrido. Então, não podem alegar ignorância do problema.

    • Muito ilustre essa ideia, pois a população é tão hipocrita, que se tá sujo reclamam, mas tá limpo fazem questão de jogar lixo por todos os lugares.

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