Fim de semana com cara e jeito de fim de semana é aquele em que de repente, sem planejar, a gente se junta pra comer no quintal, à sombra da mangueira, um peixe assado na brasa e temperado com bastante chicória e alfavacas fresquinhas, colhidas no próprio quintal.
E foi assim ontem. De repente Volney Oliveira chegou trazendo tucunaré e bodó. “Que vocês acham da gente fazer uma peixada agora?“, perguntou pra mim e pro meu marido. “É pra já“, respondemos. Quem faz o fogo quem não faz, quem tempera, quem arruma a mesa. Coisas que são decididas em segundos.
Bodó é o peixe preferido do nosso amigo Osvaldo Simões, o Camarada. Ah, então tem que avisar o Camarada que vamos comer bodó assado. Telefonamos. Ele estava na Igreja (Messiânica) cumprindo seu plantão. De lá veio direto pra minha casa.
Tem peixe pra todos nós e pra quem mais chegar. E a peixada rolou até o comecinho da noite, com cervejinha (eu não bebo, mas eles bebem), refrigerante, suco e muita conversa recheada de causos da política, do carnaval, do jornalismo… Difícil era tirar o pitiú do bodó que ficou impregnado em nossas mãos. Lava com sabão grosso, sabão líquido, sabonete … e nada! Até que alguém lembrou-se de como faziam nossos avós e deu a dica: passar um pouquinho de manteiga nas mãos, nos cantos das unhas, deixar a manteiga agir por 15 minutos e depois lavar só com água. Tiro e queda! Serve também pra tirar o pitiú do tamuatá. É… morrendo e aprendendo.
Não sei se já contei pra vocês. Mas uma das coisas que eu e meu marido mais gostamos de nossa casa é o quintal. Nele passamos a maior parte do dia quando estamos em casa, lendo, escrevendo, conversando, namorando, recebendo amigos, reunindo a família. É um quintal sem luxos. Não tem piscina, mesa de mogno, cadeiras caras, churrasqueira grande e moderninha. Mas tem árvores, flores, sombra, vento, uma pequena horta, passarinhos, paquinhas, calangos, camaleão, sino do vento, muita paz e alegria. Pra nós é um pedacinho do paraíso.
Consideramos um privilégio ter um quintal assim e gostamos de dividir isso com os amigos. Por isso é sempre com muito prazer e alegria que recebemos quem aqui chega e logo tudo vira festa. Às vezes o papo é alimentado pelo cafezinho feito pela minha secretária Nete. Outras vezes rapidinho rola um churrasco, um peixe assado, um camarão no bafo ou um chá com biscoitos.
Pode rolar também a cerveja ou o açaí.
Falar nisso, certo dia minhas amigas Márcia Corrêa e Girlene Oliveira chegaram aqui com açaí do grosso e camarão fresco. A idéia era fazer o camarão no bafo para almoçar com açaí à sombra da mangueira. Acontece que tinha cerveja na geladeira. Meu marido pegou umas latinhas e levou pro quintal. As meninas deixaram de lado o açaí e partiram pra cerveja e o camarão virou tira-gosto. O “tal almoço” só terminou quando a lua apareceu.
E assim a gente vai curtindo a vida e sendo feliz.
17 Comentários para "Isso é que é vida!"
Isso é tortura psicológica. Para quem está morando atualmente no Recife e lê uma matéria sobre peixe assado na brasa, à sombra de um grande quintal e água fresca – êpa! melhor cerveja gelada, é de ficar imaginando como vocês são felizes. Sou pernambucano, mas morei em Macapá por seis anos, e, mesmo estando em Recife nunca mais me esqueci das gostosas iguarias daí.
P.S.: Gosto muito das matérias com fotografias antigas, nos traz lembranças do passado! Parabéns.
Diz pro Volney que não de bodó.
Ele mandou dizer que só tem bodó.
Ou bodó ou nada!
Égua! Num acredito que perdi essa! Eu estava em Macapá com o namorido, e ele até me disse pra eu ligar pra Alcilene, para fazer oi tal desafio da peixada , lançado aqui em Porto Velho.
Mas o problema é que cheguei em Macapá, numa gripe daquelas de temer ser a suina, fiquei de rede, até as vespertas de vir embora. Numtem nada não , tô na fila pra próxima. Bjs
Éguaaaaaa digo eu.
Como vens em Macapá e nem ligas pra gente?
Bem feito que perdeste a peixada rsssssss
Po, deu até água na boca quando vi as fotos…O Volney sabe assar peixe?
Pois num é que ele sabe mesmo 🙂
Um dia ainda hei de conhecer este quintal famoso, tal qual a dona dele. Bjs amada!!!
Será recebida com todo carinho e o Miguelão com cerveja rsssssss
Um que delícia!
Alcinea: li o livro do Palmério Dória, Honoráveis bandidos sobre a saga de sarney. PUTZ, vale a pena. Inseri um trecho no meu Blog.
Beijão!
marta
Menina, ganhei o livro de um amigo e li sentindo aquele gostinho especial rsssss
Bonito, né, muito bonito, esperaram eu viajar e o Tal de Volney promete, promete e nada de pacuzão. Vão trabalar seus bando de …. Mas tudo bem quando eu for só vou não vou levar presentes pra vcs. Abraços.
Ainda tem bodó no frezer do Volney. Vamos guardar pra quando chegares, mas traz os presentes hehehe
que invejaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa !!!…morri um pouco aqui, mas vivi esse sonho antes…rs
por qaqui, cemento só e sem grana, nada feito…ai que dó…rsrs
boa peixada, meus qeuridos correligionários !…abraço à todos !
Joe
Um abração pitiú pra você, amigo.
1-muito bacana teu jeito de contar esses momento felizes.
2- Volney nunca me convida…pra isso não.magoei.
É que nessas horas tu estás trabalhando e trabalhar pitiú pode dar justa causa rsssssss