O pedido será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça
O Ministério Público Federal (MPF) requereu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determine a alienação antecipada de veículos apreendidos em investigação de crimes ocorridos no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Amapá (TCE/AP). A petição (8270/AP), em caráter cautelar, refere-se a bens do investigado José Júlio Miranda, ex-presidente do TCE/AP.
Durante a investigação, apurou-se o desvio de verbas públicas por parte do ex-presidente da Corte de Contas do Amapá, que teria realizado saques nas contas bancárias do Tribunal e desviado o dinheiro para fins escusos. De acordo com informações obtidas junto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), entre os anos de 2005 e 2007, o ex-presidente do TCE/AP teria retirado R$ 7,5 milhões das contas do Tribunal.
O ex-presidente do TCE/AP possui movimentação financeira e patrimônio incompatíveis com seus rendimentos. De acordo com a petição, em seu nome e em nome de pessoas que, supostamente, lhe servem como “testa-de-ferro”, constam ser de sua propriedade uma aeronave “Cessna Aircraft” avaliada em R$ 1,7 milhão e automóveis das marcas Mercedez Benz, Ferrari e Maserati que, juntos, valem o equivalente a R$ 2,1 milhões.
O pedido do MPF é para que o leilão dos bens seja antecipado e que o valor obtido com a venda fique depositado em conta bancária à disposição da Justiça. Dessa forma, a quantia referente aos bens ficará protegida de desvalorização, além de render juros. Para o subprocurador-geral da República Francisco Dias Teixeira, autor do pedido, aguardar o trânsito em julgado de sentença penal condenatória para a avaliação dos veículos, com vistas à sua venda em leilão público, pode implicar total perda do valor comercial dos bens, com prejuízo não somente para a União, mas para o próprio réu, em caso de absolvição.
Inquérito inicial – O inquérito inicial (681/AP), em setembro de 2010, levou à prisão temporária de diversas autoridades, como o governador do Estado do Amapá à época, além do próprio presidente do TCE/AP. Em seguida, para aprofundar a investigação quanto aos diversos órgãos públicos em que teriam ocorrido crimes, o inquérito foi desmembrado em diversos outros, entre eles, o inquérito (720/AP) que apurou fatos criminosos relacionados às funções institucionais do TCE/AP, envolvendo conselheiros e o então presidente da corte de contas do Estado.
(Fonte: Secretaria de Comunicação da Procuradoria Geral da República)
10 Comentários para "MPF pede leilão de veículos do ex-presidente de TCE/AP"
A ferrari é minha. =]
ALCINEA VOCE TEM CONVOCAR A SOCIEDADE A PROTESTAR E COBRAR O RESSARCIMENTO DA BOLSA ALUGUEL DO MINISTERIO PUBLICO, ISSO É USURPAÇÃO NOS COFRES PUBLICO, VC NÃO ACHA? SO O MIRANDA
Vou pagar para vê isso se concretizar.Roubou tem que pagar, ladrao é ladrao em qualquer classe social.
A diferença está no poder aquisitivo, enriquecido pelos desvios do erário, que favorece o pagamento de bons advogados.
Concordo em número, gênero e gráu com o ROQUE.
Abs. Matta.
QUE FAÇAM LEILÃO DOS CARROS, MAS ??? QUAL A POSSIBILIDADE DO JATINHO SER DOADO PRO GOVERNADO DO AMAPÁ???? VAMOS REPENSAR ISSO, QUE ESSE JATO SEJA DOADO AO GOVERNO E SEJA NOSSO PATRIMÔNIO ESTADUAL
Vou quebrar meu cofrinho do flamengo. Quero participar desse leilão!!!!
Vai ficar famoso se arrematar, hem! Todo mundo vai apontar seu futuro carro e dizer: olha, esse era um dos carros do “cara”, rsrs. Sucesso!
Conheço muitas “autoridades” do estado que possuem patrimônio material e financeiro incompatíveis com a função pública de servidor público, seja de cargo eletivo, seja de nomeação/indicação. Muito gente flagrado em diversas operações, desde a Pororoca, até a Mãos Limpas estão soltos e zombam da lentidão da Justiça em julgar os processos que se avolumam na Justiças estadual e federal.
Os crimes contra a gestão pública são cada vez mais frequentes, como se o infrator tivesse certeza da impunidade e de dificilmente cumprirá uma dia de pena, salvo alguns exemplos, como o do sr. Benedito Picanço, ex-gestor financeiro do TJAP.
Uma reforma nos código de processo civil e penal que tornem as penalidades mais duras mais duras é o que se espera da reforma que tramita no Congresso Nacional. Crime de colarinho branco e contra a gestão pública têm de ser inafiançáveis.
É isso que o eleitor deve analisar na hora de depositar seu voto: a variação patrimonial do candidato. Salário de político não deixa ninguém rico. O máximo que proporciona é uma vida confortável, mas não é isso que se vê na prática. Ora, se o salário não é alto, de onde vem a exorbitância dos bens adquiridos depois de eleitos? Infelizmente a pequenez da massa encefálica da maioria dos eleitores não permite essa avaliação. E o país não sai da merda em termos de corrupção.