Nota do Sindicato dos Rodoviários

A categoria de motoristas, cobradores e trabalhadores da manutenção iniciou seu processo de greve desde o dia 25. Com muita disposição de luta a categoria vem dando uma demonstração clara de que não vai mais suportar a intransigência e as provocações dos empresários do transporte que ampliaram e muito seus ataques no último período.  Nossa pauta inicial, aprovada em assembléia geral da categoria no dia 23 de abril apontou para um reajuste de 25% (que para não sermos taxados de intransigentes decidimos reduzir para 12%), cesta básica de R$ 220,00, plano de saúde e principalmente o fim das duas jornadas, com a redução da carga horária de 7:20h para 7:00h

Realizamos quatro reuniões de negociação e a única coisa que os empresários se comprometeram foi em reduzir nossos salários e direitos! Tentamos convencê-los que os salários que estamos recebendo, sempre atrasados, não garantem mais nossa sobrevivência e que é preciso aumentá-los. Junto a isso reafirmamos a proposta do fim das duas jornadas para que o trabalhador tenha mais tempo para a família e o lazer, mas a intransigência deles não os faz compreender isso e querem manter esse ataque! Pra piorar, não abrem mão de reduzir nossa cesta para R$ 30,00 manter os micro-ônibus, que gera demissão de cobradores, pagando salários mais baixos ao motorista e nem querem saber de plano de saúde para nós!

A fúria da imprensa governista vem atacando nosso movimento diariamente, impondo mentiras, como as cínicas declarações da assessoria jurídica e de comunicação do SETAP de que estaríamos coagindo os trabalhadores que não querem se incorporar à greve e que teríamos arregimentado militantes do PSTU e da CONLUTAS de Belém para atuar como milicianos e ainda do seqüestro de um veículo da empresa Viação Amapaense para agir nas ruas da cidade, intimidando os trabalhadores rodoviários que decidiram trabalhar, não passa de uma jogada inescrupulosa dos patrões para encobrir seu verdadeiro papel de opressores. O que eles na verdade escondem é que para os trabalhadores que questionam o atraso no pagamento e as peças dos carros velhos que são cobradas, a demissão por justa causa é o resultado. Se somos baderneiros, como afirmam as notas dos patrões, como se explica então a decisão que reconhece como legal nossa greve, emitida pela Justiça do Trabalho na tarde dessa quarta-feira?

Na rodada de negociações dia 26 (quarta), promovida pelo Ministério Público e solicitada por nós, os empresários, com destaque para a empresa União Macapá, se recusaram mais uma vez em reduzir a jornada de trabalho para 7:00h, mesmo com uma proposta de abrirmos mão de aumento no salário por dois anos! A intransigência dos patrões fica claro quando eles exigem que se reajuste a tarifa para se discutir quaisquer cláusulas na Convenção Coletiva, mas esse debate não aceitamos afinal estamos lutando por aumento no salário e não na tarifa! O prefeito Roberto Góes junto com a EMTU deveriam intervir nesse processo, exigindo dessa meia dúzia de empresários que fazem o que bem entendem nessa cidade, a garantir nossa pauta de reivindicação. Se eles não tem condições de apresentar uma proposta decente de reajuste nos salários então que apresentem suas planilhas de custos, coisa que duvidamos muito que o façam!

Permaneceremos na luta, agora com a decisão de manutenção de 40% da frota, porém já alertamos que a população continuará sendo afetada, até porque mesmo com a frota integral, a média de espera nas paradas é de 40minutos a 1hora. Nossa luta é por salário, mas também por melhoria no transporte coletivo, por isso seguiremos exigindo a redução da jornada, o terminal de integração e uma tarifa social que esteja dentro das possibilidades do conjunto da população. Só a luta muda a vida!

A direção do SINCOTTRAP

  • é um fato para se indignar. Pessoas que se dizem politizadas influenciam os trabalhadores, muitos deles ignorantes para apoiar a greve. Sou da opiniao de que no momento que o trabalhador não está satisfeito com seu salário, se demita, afinal, empresas de transporte coletivo no Brasil não são públicas e sim privadas. Vejo que em Macapá os trabalhadores fazem greve por gosto apenas, trabalhar que nada. A vocês esquerdistas de mentalidade pequena, vão para Cuba, lá vocês se realizarão.

  • a melhor e mais honesta forma de caracterizar, sem pré-conceitos, uma realiadade é tendo contato direto. Faço um convite aos caros que postaram suas opiniões: visitem a greve da categoria, nas garagens das empresas, a qual entrou para a 2ª semana e tirem suas próprias conclusões sobre o que é o absurdo! À vc Alcinéa, o meu muito obrigado!

  • As empresas de onibus devem sim melhorar as sua frotas, colocar onibus dignos rodando na cidade, mas devem tb com urgência povidenciar cursos de relaçõs humanas para os motoristas e cobradores, que na sua grande maioria são grossos e mau educados, sei disso pq já presenciei várias vezes situaçoes desse tipo, não param para idosos e crianças, dirigem em alta velocidade, freiam bruscamente, levando muitas pessoas ao chão. Em todas essas situações quem mais sofre é a população que está á mercê tantos dos donos das empresas, como dos péssimos funcionários que deveriam ter mais respeito com os usuários.

  • As empresas de onibus devem sim melhorar as sua frotas, colocar onibus dignos rodando na cidade, mas devem tb com urgência povidenciar cursos de relaçõs humanas para os motoristas e cobradores, que na sua grande maioria são grossos e mau educados, sei disso pq já presenciei várias vezes situaçoes desse tipo, não param para idosos e crianças, dirigem em alta velocidade, freiam bruscamente, levando muitas pessoas ao chão. Em todas essas situações quem mais sofrem é a população que está á mercê tantos dos donos das empresas, como dos péssimos funcionários que deveriam ter mais respeito com os usuários.

  • é um absurdo completo as barbaridades que eu vi postadas aqui. de onde essas mentes idiotas vieram, do planeta da alienação?.
    tenho certeza que nenhuma dessas pessoas, trabalham 14 horas por dia com um motor queimando suas pernas, veículos sem freio, salários atrasados e outras coisinhas insignificantes pra eles. é uma total alta de respeito com quem trabalha e com a população que espera horas no ponto, mesmo sem greve e é obrigada a andar em onibus sucateado. mas esses seres que postaram suas análises aqui, não sabem o que é isso… vivem no mundo de bobi.

    • A greve é um direito, não um dever. Nenhum trabalhador deve ser compelido a grevar. Isso sim é uma idéia idiota, no mínimo.
      Ninguém aqui está discutindo as condições de trabalho dos motoristas e cobradores, que são, de fato, péssimas. O que se discute é a maneira como é conduzida a manifestação, que está totalmente emporcalhada com ideais de selvageria e destruição. Falo isso como usuário do transporte coletivo e contribuinte.

  • Sinceramente eu não consigo entender estes “trabalhadores” dirigentes de Sindicatos. Na hora de pedir emprego, porque estão passando fome com a família, eles aceitam todas as condições da empresa. Depois que são admitidos, com a fome esquecida, eles começam a colocar as garras para fora. Exigências de todo jeito. E o pior, quando resolvem se manifestar de forma truculenta através da greve, quem sofre com isso é a população, que não tem culpa de nada. O trabalhador consciente deveria adotar como norma de conduta que, ao estar insatisfeito com o seu salário e/ou condições de trabalho, procurar outro emprego que ofereça melhores condições. Com isso evitaria ficar frustrado e NÃO ENCHER O SACO DA POPULAÇÃO!!! E mais: evitaria também que as autoridades envolvidas(judiciário, prefeitura, empresários, etc) perdessem tempo. O custo seria ZERO!

  • Sem falar nos inumeros trabalhadores que estão faltando ou chegando atrasados nos seus locais de trabalho, tendo que enfrentar o mau humor dos chefes, e até as demissôes, como se nós pobres trabalhadores e dependentes do péssimo serviço urbano de Macapá tivessemos culpa.

  • “A fúria da imprensa governista vem atacando nosso movimento diariamente, impondo mentiras, como as cínicas declarações da assessoria jurídica e de comunicação do SETAP de que estaríamos coagindo os trabalhadores que não querem se incorporar à greve”.
    Onde está a mentira? Eu mesmo vi os motoristas obrigando aqueles que não grevaram a aderir ao movimento. Cinismo de quem nega os fatos.
    No final, vai sobrar para a população, que vai ter que arcar com mais um aumento abusivo na passagem do coletivo.

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