O Sapiranga voltou

Eu estava lá
Milton Sapiranga Barbosa

Ao cumprir umas das minhas obrigações diárias, que é visitar  o blog da amiga  Alcinéa Cavalcante, para ficar bem informado sobre as principais noticias do mundo globalizado  e dos mais recentes  babados  de nossa amada Macapá, me peguei  revendo, nas páginas anteriores, a foto  de  inauguração do estádio Glicério Marques, postada  no blog por ocasião dos festejos dos 60 anos de fundação daquele templo do futebol amapaense. Olhando com mais atenção aquele montueiro de gente cercando o governador do então Território Federal do Amapá, Janary Gentil  Nunes, fiquei matutando com meus botões, com a certeza de ser um daqueles moleques que aparecem na foto. Menino pobre, morando  vizinho do estádio, distante a apenas quatro  quadras  e  sabendo que  festa patrocinada pelo governo, sempre tinha  refrigerantes, doces  e salgados de montão,   eu  não poderia ter perdido aquela boca livre. EU ESTAVA LÁ. Continuei dando tratos a bola, lembrando as  situações, dramáticas, violentas, engraçadas e emocionantes que vi  e vivi  no Gigante da Favela, das quais algumas passo a destacar a seguir:

01 – VÍ, num jogo AMAPÁ CLUBE X EXPORTE CLUBE MACAPÁ, clássico vovô do futebol amapaense, que  nas décadas de 50 e 60, era aguardado com grande expectativa pelos torcedores dos dois times, o ótimo goleiro do Amapá Clube, Edgar, cruzar os braços e  deixar uma  bola que lhe fora recuada pelo Armando Pontes, entrar em sua meta. É que eles haviam discutido durante um treino e trocado de mal(como se costuma dizer). Macapá 1 a 0. È,  mais depois o Edgar fechou o gol  e o Amapá acabou vencendo por 2 a 1.  Edgar era tão bom, que num amistoso contra  o Paissandu, ele disse ao zagueiro Evandro, que se preparava para cobrar uma penalidade máxima, que defenderia com a cabeça. Evandro mandou um chute fortíssimo,  e o Edgar ainda conseguiu resvalar na bola com a cabeça. Dizem, eu entre eles, que Edgar, que depois foi para o Clube do Remo, foi um dos melhores goleiros do futebol  amapaense.

02 – VÍ , também por ocasião de outro  confronto entre alvinegros e azulinos, o técnico do Macapá, Jomar Tavares, usar de malandragem para poder vencer  um  jogo em que seu time não conseguia sobrepujar a zaga adversária, formada por Mucuim, Justo e Façanha, com maior destaque para Justo, que em tarde inspirada, barrava todas as pretensões do Leão Azul. Que fez o astuto treinador? Mandou buscar  o Falconeri, que não tendo sido convocado para o jogo, estava biritando com os amigos lá pras bandas do Laguinho.  Após tomar um banho forçado, Falconeri foi orientado a entrar em campo e tirar o Justo de Campo. Ele não se fez de rogado, entrou em campo e chegado perto do Justo, tascou-lhe um tapa no rosto. O tempo fechou, pois o zagueiro alvinegro, “pelhudo” da gema, não era de levar desaforos pra casa. Os dois foram expulsos e o Macapá, graças a astúcia de seu técnico, tirando de campo o melhor defensor adversário,  acabou vencendo o jogo por 1 a 0. ( Jomar Tavares, que foi quem levou PALITO para treinar no Vasco da Gama, faleceu recentemente no Rio de Janeiro).

03 –
VÍ, durante um jogo no Gigante da Favela, o Dicão, então pertencente ao GRUCI – Grupamento de Combate a Incêndio,  dar uma bicuda, com um coturno número 44, bico largo, num torcedor que estava sentado num degrau abaixo ao que ele escolhera para torcer pelo Juventus contra o CEA CLUBE.// Num ataque do Moleque Travesso, Joca, centro avante juventino armou  o chute e o Dicão acompanhou o gesto do artilheiro e mandou ver, bicudando o  torcedor sentado a sua frente, que ficou  se contorcendo  em dores, enquanto os demais torcedores riam que riam da inusitada situação.

Abraços à todos, depois conto outras.
Milton Sapiranga Barbosa

  • Oi pessoal.
    Eu sou filho do goleiro Edgar. Alguém tem mais alguma informação sobre quando ele jogava no Amapá Clube?
    Abraço.

  • Oi pessoal.
    Eu sou filho do goleiro Edgar. Alguém tem mais alguma informação de quando ele jogava no Amapá Clube.
    Abraço.

  • EM SAPIRANGA, NO RIO GRANDE DO SUL, FÊMEAS NA SME – SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTES, PERSEGUEM FUTEBOL VARZEANO, AMADOR E PROFISSIONAL DE MACHOS.
    FIQUEM ATENTOS A TUDO E EM TUDO !

  • Milton, dentre tantas estórias, temos aquela do jogador do Ipiranga, o cacete, lembras? Ele, um jogador habilidosíssimo, apanhou tanto em campo, que, não suportando mais, deu o trco e o juiz o expulsou. Lembras o que o locutor falou sobre esse episódio?

  • Ei Sapiranga, saudades das suas lembranças, viu? Do Glicério, lembro dos jogos, mas nada de muito interessante. O que me faz fechar os olhos e ter boas lembranças,era quando participava das apresentações de dança, sempre pelo Azevedo Costa e minha amiga Regina Andrade pelo CA. Como eu era pequenininha naquele imenso estádio de gramado verde. Hoje, eu cresci e o Glicerão ficou do mesmo tamanho, que pena.
    Um forte abraço.
    Tica Lemos.

  • Que maravilha Sapiranga. Olha,sou casado com a filha de um ex-jogador do Esporte Clube Macapá, Maximino Moura, lembras alguma coisa sobre ele?

    • Caro Abimael. Maximino Moura era meu amigo, andava sempre pela Favela, pois era frequentador da casa do Bento Góes. Seu Sogro foi um craque como ponta direita, jogando pelo Juventus e pelo CEA Clube. Pode falar com urgulho dele e da sogra Dometila Camarão, a nossa campeã brasileira. Um abraço

  • o mesmo estadio 60 anos atras, é o mesmo de hj, incrivel a estagnacao do estado amapa, enquanto todos os outros estadios do pais revitalizados e ampliados o vovozao virou tataravozao.. vergonha geral.

  • è caro sapirnaga o tempo passo, maisi as lembranças ficam nitidas em nossas mentes. Eu já peguei o final destas historia, em varios jogos carreguei a chuteira do Joca, e de tantos outros jogadores daquelka epoca, para entrar no estadio glicerio. E depois tive o prazer de participar de varios jogos na AABB com o jeringoçado atacante Joca, uma caategorua e tanto.
    abtaços.
    ,

  • Ôôôôôôôôôô O Sapiranga Voltou O Sapiranga voltou O Sapiranga Voutouuuu!!!!! Volta aquelas velhas hístorias, mande dai coroa!!!

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