Opinião

Como tudo agora é Eleição, Essa bilhetagem tem cara de sacanagem!

*Patrique Lima

Nesses últimos dias temos visto em todos os meios de comunicação do estado um verdadeiro mar de denúncias e reclamações contra o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos do Amapá – SETAP e os serviços prestados pela entidade.

Entretanto essas denúncias não são recentes, não aconteceu somente esse ano e, com certeza, não vai acabar agora, pois já esta claro que o SETAP não tem compromisso com a população amapaense, nem com o transporte público de qualidade.

Mas o grande fato do momento é nova bilhetagem que está sendo implantada pela Prefeitura Municipal de Macapá – PMM, que antes de tudo temos que ressaltar que é avançadíssima e dar maior possibilidade dos estudantes gozarem do direito a meia passagem. Mas esse avanço pode ter um custo muito alto!

O novo sistema envolve uma avançada tecnologia, que hoje somente quem detém no Estado é o SETAP, essa tecnologia possui um elevado custo, tanto na instalação, quanto na operacionalização – e ai está o grande “x” da questão.

Essa mudança de bilhetagem não surge do nada, ela é reivindicação histórica do movimento estudantil, mas sua implementação tem muita influencia deste pleito eleitoral, pois o prefeito e a prefeitura precisam de discurso convincente para a sociedade. Até ai, apesar das ressalvas, é “aceitável” a implementação dessa bilhetagem. Porém, o que pode estar em jogo também é o financiamento de candidaturas, principalmente por conta dessa estranha ruptura entre prefeitura e SETAP.

O valor dessa mudança não estar no script da conta das eleições, mas ela pode fazer muita diferença. Primeiro por que a prefeitura vai precisar fazer a aquisição desses equipamentos, logo terá que comprar ou um novo ou o do SETAP, e isso influencia direto nas arrecadações das candidaturas, pois bem ai pode estar o – grande – financiador deste

Desta feita o grande risco é o povo acabar por pagar essa conta, que é cara e que não nos pertence. O Ministério Público precisa ficar atento a estas questões, literalmente com um olho no peixe e outro no gato, por que não se pode brincar com esse tipo de situação.

Em contrapartida, e em apoio às ações do Ministério público, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) encaminharam junto ao órgão uma ação contra o SETAP, reforçando as denuncias contra o sindicato e sua má prestação de serviço e reivindicando que a prefeitura –  representante jurídica do Estado na esfera municipal – seja responsável pelo beneficio, além da reorganização dos conselhos (municipal e Estadual) de Transporte público, principal órgão fiscalizador com a participação da sociedade civil organizada e os estudantes, e a implementação imediata da Lei Complementar 0039/2006 que trata sobre o Passe-Livre estudantil aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada pelo Governador que se encontra engavetada até a presente data.

Com essas garantias, conseguiremos avançar na transparência das ações que tangem a meia passagem e ao transporte público, resguardaremos os interesses da sociedade em geral e teremos condições de intervir de fato nesse assunto que, inclusive, incide sobre o futuro desta Capital.

*Patrique Lima – é historiador formado pela Faculdade de Macapá, Funcionário Público do setor elétrico, professor de história da rede privada de ensino de Macapá e estudante de Eng. Florestal da UEAP, foi PROUNISTA, diretor da UNE por duas gestões (2005/2009), atualmente é presidente da União da Juventude Socialista – UJS/AP e Secretario de Juventude da Central dos Trabalhadores/as do Brasil – CTB/AP. Alimenta nas horas vagas o Blog Papos de Juventude e segue e, é seguido no twitter por @PatriqueLima.

  • Nossa!! Fiquei agora muito orgulhosa!! O Patrique foi meu aluno no Ensino Médio! De vez em quando umas chamadinhas daki, dali… Mas, sempre muito questionador e responsável!!! Hoje, é maravilhoso vê-lo tão bem!! Parabéns, meu querido! Continue na luta e estudando sempre!!!

  • Rapá. O currículo do cara é maior do o artigo. Peeeesseee num caboco bão. Vou ler depois o artigo. só a biografia me tomou meia hora.

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