Retrato em preto-e-branco

No famoso Bar Caboclo, tomando uma cervejinha, fumando um cigarro, aguardando uma partida de bilhar, eles conversavam sobre tudo que rolava naquela época no então Território Federal do Amapá.
Sabe quem são estes que aparecem na foto?

  • Alcinea vc esta de parabens por mostrar a nossa cidade como era. continue assim estas fotos nos fortalece o presente. parabens.

  • egua da foto mano..isto é história deveria ter meus 12 anos de idade dos meus 53 que tenho hoje…o Isnard Lima lá no fundo meu deus como o tempo passa…

  • Na segunda metade da década de 70 houve um movimento de alguns moradores de perto do Bar Caboclo para fecha-lo. É claro que houve resistência por parte dos frequentadores, dentre os quais lembro do João Farias que morava na Av. Coaracy Nunes, perto da Rua São José. O João Farias, que era grande amigo do Pedro Nely, fez uma pequena musiquinha que tinha, dentre outros, os seguintes versos: “… é louco, é louco, quem fizer baixo assinado pra fechar o Bar Caboclo. A dona Esther é o “gato” preferido; segunda, terça e quarta a “Quinta Feira” é a mais querida. Maria Carroça, estudante do MOBRAL …”. Quem lembrar do resto complete a música.

  • Essa foto me trouxe saudades de um grande amigo que tive na Polícia: O famoso Comissário João Picanço, tb conhecido por “João Cansado”, marido da Telma, que também trabalhou na antiga DSG. O outro é o Carame, também foi comissãrio de polícia. Ambos já falecidos. O Isnard nem é preciso falar pq era tombado como patrimônio do Amapá, foi meu contemporâneo da Faculdade de Direito da UFPa. O moleque da janela, deve ser o também advogado Ronaldo Serra, por sinal, brilhante causídico da esfera criminal, porque ele morou próximo ao Barboclo. Os outros dois rapazes da foto, conheço mas não consigo lembrar o nome. Valeu!!!!

    • O Ronaldo Serra também morava na Coaracy Nunes, depois da São José, às imediações da casa do falecido Hermínio Gurgel. Lembro-me de que era uma casa grande, arejada. Apesar da proximidade das famílias, não tínhamos contato.

  • Alcinéa

    Teu blog já é uma instituição de Macapá, e tu, poeta, uma jornalista imprescindível ao Amapá. Como macapaense, sou grato ao teu trabalho. A foto em questão mexeu comigo. Ela retrata o poeta Isnard Brandão Lima Filho, bebendo e fumando, e o então promissor jornalista e cronista Edevaldo Leal (o de sobrancelhas espessas). Naquela época, eu devia ter 13, 14 anos, e burilava os primeiros poemas. Já era fã do Isnard Lima Filho e do Edevaldo Leal. Ambos acompanharam minha inciação e me deram dicas importantes. Sempre que entro no meu relicário converso com eles, e contigo também. Obrigado, querida!

  • Alcinéa, você gosta de nos deixar saudosista. Morei perto do Bar Caboclo, mas nossa casa ficava na Coaracy Nunes. Pena que a foto não mostre os índios pintados na parede, com flechas e penas coloridas. Se não me falha a memória, as índias tinham as unhas vermelhas e seguravam uma garrafa de cerveja na mão. Todos os dias, às seis horas em ponto, o seu Abrãao fazia tocar Lírio Mimoso, no autofalante instalado no bar. E, do outro lado da rua, funcionavam os quartinhos geminados, cobertos de palha, das damas da noite. A mais famosa delas era a Quinta-Feira, uma negona magra e valente. O que acho mais interessante é que brincávamos às imediações, tomávamos banho no canal, e o meretrício não representava para nós crianças quelquer perigo ou desvio de conduta. Não é difícil que o moleque à janela seja um de nós. Estávamos sempre por ali – os filhos da D. Corina; do Seu Antunico da Amassadeira; do Seu Antonico Cardoso, que tinha um comércio na Baixada da Mucura; do seu Guedes; da Dona Raimunda Juarez, o Guanancy; do Roque Batista, meu pai. Era uma festa!

    • VALEU ROQUE! Gostei do comentário, pois por várias vezes vendi tapioquinha para as moradoras do quartinho sem que o fato se configurasse em pedofila. Bem que o Disney Silva, autor da peça teatral Bar Cabloco, poderia enriquer seu enredo com essas informações. E talvez realmente seja o saudoso Carami.

    • É isso aí, Roque! Você fez uma descrição perfeita. Lembro também que nós íamos sempre lá para comprar uma farinha torradinha que o seu Abrão vendia, além é claro dos deliciosos picolés. Na verdade, por sermos crianças, não tínhamos a real dimensão do que tudo aquilo representava. E hoje, depois de tantos anos, falar do Bar Caboclo significa remexer num passado repleto de instantes felizes.

  • luiz,no alto de camisa preta o saudoso,poeta,advogado Isnar Lima,no centro Pedro Neli,da casa nossa senhora do Perpetuo Socorro,ficava na avenida Antonio Coelho de Carvalho, esquina com Rua São José,penso que o de bermuda é o falecido policial carame.

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