MPF de olho em Camilo e Waldez

Do portal do MPF-AP

Núcleo de Combate à Corrupção expede recomendações a Camilo Capiberibe e Waldez Góes

Em recomendações, o Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP), por meio do Núcleo de Combate à Corrupção, elenca procedimentos a serem adotados durante a transição de governo e ao longo da próxima administração estadual. As orientações visam a prevenir a ocorrência de irregularidades que possam resultar na atuação do MPF/AP. Os originais foram entregues a Camilo Capiberibe (PSB) e Waldez Góes (PDT) pessoalmente pelos procuradores da República Ricardo Negrini, Marisa Ferrari e Filipe Lucena .

Ao governador Camilo Capiberibe, o MPF/AP recomenda adoção de medidas administrativas necessárias para assegurar a continuidade dos atos da administração pública, em especial com a permanência dos serviços essenciais prestados à população. A instituição adverte o chefe do executivo a não assumir obrigações que não possam ser pagas no atual exercício financeiro, a menos que haja recursos em caixa.

O MPF/AP reforça que é obrigação do gestor, ao término do mandato, prestar contas dos recursos públicos recebidos. Também constitui obrigação legal entregar ao sucessor originais ou cópias de documentos referentes a convênios, contratos de repasse ou instrumentos cujo prazo para prestação de contas, parcial ou final, encerre em 31 de dezembro deste ano.

Ainda para Camilo, o MPF/AP recomenda que não pratique atos com motivação política. Nesse contexto, a instituição cita demissão injustificada. O executivo estadual deve permitir acesso regular ao posto de trabalho de servidores próprios ou terceirizados, independentemente da ideologia política ou partidária do funcionário.

Ao sucessor, Waldez Góes, o MPF/AP dá ênfase à nomeação de secretários de Estado ou pessoas que ocupem cargos de chefia ou estratégicos. A orientação é que possuam grau de instrução compatível com a responsabilidade das funções e atendam aos princípios de moralidade e probidade exigidos para os cargos eletivos.

A instituição também alerta para a promoção de licitações antes de contratar empresas para o fornecimento de produto ou serviço, salvo quando se tratar de hipótese devidamente comprovada de inexigibilidade ou dispensa. Os subordinados ao chefe do executivo devem ser orientados por ele a abster-se de convidar ou habilitar nos processos empresas que não atendam aos requisitos legais. Além disso, os servidores devem passar por constante qualificação.

A ambos, o MPF/AP orienta preservar documentos e prestar contas dos recursos recebidos aos órgãos competentes. Outra importante medida é arquivar a documentação relacionada a convênios, contratos de repasse ou instrumentos correlatos celebrados com a União, seus ministérios, autarquias ou empresas públicas.

“Além do seu escopo pedagógico e preventivo, a presente recomendação presta-se a alertar seus destinatários para o modo adequado de proceder quanto às matérias aqui tratadas, bem como acerca das consequências legais em caso de sua eventual inobservância”, reforça trecho dos documentos.

  • Não sei o porquê. Não vai resultar em nada mesmo. Exemplo? Operação Mãos Limpas. Fizeram tanto estardalhaço e não resultou em nada, a não ser um processo empoeirado na Justiça Federa. Nada ou quase nada foi feito até agora, talvez por falta do devido impulso por parte do MPF, que é o autor da ação. Tanto é que há pouco tempo é que a denúncia foi oferecida. Os réus do processo estão TODOS em liberdade. Waldez foi eleito governador, Marília foi eleita deputada (diga-se de passagem, a mais votada), idem para Roberto Góes, conselheiros do TCE e assim por diante. Logo logo serão beneficiados pelo instituto da prescrição e ainda vão processar a União e o Estado do Amapá por danos materiais e morais. Alguém duvida? Mas, por consolo, isso não é só no Amapá que esses fatos pitorescos acontecem. Paulo Maluf, já foi diplomado Deputado Federal. Se esses fatos tivessem ocorridos nos Estados Unidos, por exemplo, todos eles não estariam presos?

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