Obra de arte

Óleo sobre tela de R. Peixe (1995) retratando a antiga Doca da Fortaleza de Macapá. Era ali que ancoravam os barquinhos vindo do interior carregados de frutas, farinha, peixes, mel e outros alimentos que o consumidor comprava diretamente nos barcos.
R. Peixe foi um dos maiores artistas plásticos do Amapá e foi quem mais retratou Macapá antiga.

  • Um slide de minha vida, eternizado pelas mãos de R Peixe.
    Aí esse cenário, vi pela primeira vez uma cidade, ao aportar em um pequeno barco com meu pai.
    Uma sensação indescritível, ao ver tanta coisa diferente ao mesmo tempo. Eu era apenas um caboclinho deslumbrado.
    Ao longo do tempo, nesse ir e vir, acabei vindo morar com meu tio que tinha uma casa situada a margem esquerda do Igarapé da Doca. Ali fui muito feliz. Guardo na lembrança O Bar do Clóvis, gerenciado pelo Miguel, depois da Cabana da Jurema, Casa Moraes, de “seu” Antoníco Moraes, Armazém Del Pilar, Entreposto Fiscal, dentre tantos outros prédios.
    Figuras como o negro Picolé, um gigante de ébano que por ali perambulava, trocando serviço por comida e quando sobrava algum dinheiro, uma bicada de cana.
    E o que mais me animava, lá pelas cinco da madrugada, o grito de Paaadeiro!
    Satisfazer o desejo de menino do mato, comer um pão.
    Tempos bons!

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