A Embaixade de Samba Cidade de Macapá completa 60 anos em outubro. Ela  foi fundada  pelo artista plástico R. Peixe, sua esposa Maria de Nazaré, Raimundo Barros, e a Rainha Momo Alice Gorda.
Antes de fundar a Embaixada, R.Peixe fazia parte de Piratas da Batucada. Inclusive foi um dos fundadores e era um dos seus diretores. O Piratão foi fundado em 1962 por R.Peixe, Jeconias Araújo, Pancho e Walber Damasceno, no entanto só foi registrado oficialmente em março de 1973.
Consta que R. Peixe foi para o Rio de Janeiro para fazer um curso na Escola de Belas Artes e quando retornou descobriu que tinha sido excluído da diretoria do Piratão e que não tinha espaço mais para nada lá. Como os instrumentos da bateria eram seus, R.Peixe pegou os instrumentos de volta e fundou a Embaixada que logo no ano seguinte, 1965, foi campeã.
A Embaixada revolucionou o carnaval na época. Foi a primeira escola de samba do Amapá a levar carros alegóricos para a avenida.

Jaca
Naquele tempo o que hoje se chama de “marmelada”, fraude, roubalheira de jurado, era chamado de jaca.
Pois bem, a Embaixada fez um grande desfile e acreditava no título. Mas quando saiu o resultado veio a surpresa: não ganhou. Ficou em segundo lugar ou terceiro lugar, não lembro bem. As três primeiras colocadas voltavam para a avenida para receber os troféus. Era o desfile das campeãs. Não se sabe onde R.Peixe conseguiu tanta jaca (a fruta) e fez um protesto inusitado. A Embaixada entrou na avenida de costas e com uma grande quantidade de jacas que entregou para os jurados e autoridades. Foi inesquecível.

Sem bateria
A Embaixada de Samba Cidade de Macapá já foi uma das maiores e melhores escolas de samba do Amapá. Depois que R.Peixe se afastou do carnaval, a escola caiu muito. Certa vez nem bateria levou para a avenida, desfilou ao som do CD; outra vez não levou comissão de frente.
Nos últimos anos a Embaixada vem se reorganizando e já ganhou alguns títulos no grupo de acesso.