Reinauguração da Biblioteca Pública

Fechada desde 2009 para reforma, a Biblioteca Pública Elcy Lacerda será reinaugurada amanhã, sexta-feira, mais bonita e com novos espaços, como as salas das culturas indígena e afrodescendente.
Outra novidade é o “Cantinho do Poeta Alcy Araújo”, onde ficarão expostas a primeira máquina datilográfica do poeta, sua escrivaninha, caneta, cinzeiro, fotos, entre outros objetos pessoais.

A reinauguração está marcada para começar às 17h. Como parte da programação haverá shows musicais, apresentação de marabaixo, exposições e recital de poesia com o Movimento Poesia na Boca da Noite e os grupos Abeporá  e Tatamirô.

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67 anos de compromisso com a educação e pesquisa
Rita Torrinha, assessora de comunicação da Secult

A Biblioteca Pública passou a ser denominada Biblioteca Pública Estadual Elcy Rodrigues Lacerda por meio do Projeto de Lei nº 0031/96-AL, de autoria da deputada Janete Capiberibe, em 22/05/96. É um órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Porém, até que se destinasse o prédio atual da Biblioteca, na rua São José, o acervo ao longo da história percorreu por outros endereços.

Quando o Amapá ainda pertencia ao Pará, funcionava na rua Mário Cruz uma pequena biblioteca, instalada em uma casa particular, com acervo doado pelo Dr. Acelino de Leão. Essa casa ficava ao lado da Intendência de Macapá, hoje o Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva.

Com a transformação do Amapá em Território, o então governador Janary Gentil Nunes transferiu o acervo para um local mais adequado, onde a população tivesse mais conforto para pesquisar. Foi então que, no dia 20 de abril de 1945, a Biblioteca Pública foi criada, durante as comemorações ao centenário do Barão do Rio Branco, passando a funcionar em uma das salas do Grupo Escolar Barão do Rio Branco.

Em 1950 foi construído um prédio em frente à Escola Normal de Macapá (antigo Ieta), destinado à Biblioteca, devido o aumento do acervo. No período de 1950 a 1971, o acervo aumentou consideravelmente, havendo necessidade de novo espaço que abrigasse em melhores condições a instituição. E foi neste ano, 1971, no governo do general Ivanhoé Martins que foi construído o prédio da rua São José, onde funciona nos dias atuais.

Em 1992 a Biblioteca passou por reformas e adaptações, sendo reinaugurada em 10 de junho de 1994. Em 1996 recebe o nome da professora Elcy Lacerda. Hoje, o acervo conta com mais de 60 mil títulos, e se eleva a cada ano.

A partir de segunda-feira, 23, o atendimento ao público será retomado definitivamente. O horário de atendimento será das 8h às 18h, e o serviço será realizado por 20 funcionários. A Biblioteca é gerenciada pela professora de Língua Portuguesa e Literatura e escritora Lulih Rojanski.

Consulta popular para escolher os patrimônios de Macapá

A fim de identificar o patrimônio histórico de Macapá e tencionar o Poder Executivo a regulamentar a Lei do Estatuto do Patrimônio Artístico e Cultural, o vereador Clécio Luís (PSOL/AP) irá realizar uma consulta popular, que por meio de um questionário (impresso e online) a comunidade poderá apontar o que é patrimônio.  A primeira consulta será realizada durante uma extensa programação na Confraria Tucuju, no dia 4 de fevereiro, data que se comemora os 254 anos da cidade.
A campanha visa ainda, reconhecer e proteger como patrimônio todos os elementos que definem a identidade cultural de Macapá, como práticas, técnicas, expressões, instrumentos, artefatos, objetos, lugares e até pessoas que os indivíduos distinguem como parte integrante da cultura, fazendo com que bens materiais e imateriais de valor cultural, arquitetônico e histórico sejam preservados.
O evento tem como parceiros o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e a Confraria Tucuju.
Para o vereador, o evento não busca apenas a opinião técnica, mas principalmente a participação direta do povo. “Este é um momento de preservar a memória histórica de Macapá através da manifestação do próprio, avançando para que a identidade cultural se fortaleça. O conceito de patrimônio está no imaginário de cada um, e com o questionário será possível identificá-lo através da consulta popular”, declara Clécio Luís.

São patrimônios materiais: acervos de livros, fotografias, obras de artes, edifícios, praças, ruas, prédios, entre outros.
São patrimônios imateriais: culinárias, lendas, músicas, festas, poesias, cantigas, rituais religiosos, danças, tradições, costumes, lugares extintos, fazeres e outros.

(Danielly Salomão, da Assessoria do vereador Clécio Luís)