Um belo e refrescante espetáculo

Fim de tarde ontem na orla de Macapá – céu azulzinho, maré cheia, as ondas do nosso majestoso Rio Amazonas quebrando no muro de arrimo, invadindo a rua, banhando os passantes, querendo limpar a cidade e refrescando a boca da noite

Macapá – 254 anos

Confraria Tucuju se prepara para o aniversário de Macapá

Com a mensagem “Macapá 254 anos. Meu norte, meu forte, meu lar” a Confraria Tucuju comemora tradicionalmente  um aniversário de Macapá. A programação alusiva acontece nos dias 3 e 4 de fevereiro e promete levar a comunidade macapaense  atrações que  faça reviver a história da capital amapaense.

Na véspera da grande data, 3, a festa começa com a cerimônia de reabertura do Museu Sacaca para a comunidade, marcada para às 8 horas, oportunizando a apresentação de vários artistas, desde performances teatrais até arte circense. Para encerrar a festa de reinauguração do Museu, está sendo preparado um show musical dos cantores  Zé Miguel, Patrícia Bastos, Julielle e Felipe Cordeiro. O show será realizado na Avenida Feliciano Coelho, em frente ao Museu às 19h.
De acordo com a presidente da Confraria Telma Duarte “são 15 anos cumprindo a missão de resgatar e realizar esta grandiosa festa. Macapá merece ser amada e parte desse amor é demonstrando no dia 4 de fevereiro”, enfatiza a presidente.
A cada ano  além do aumento do público a festa também ganha mais parceiros, nesta edição de 254 anos a festa conta o apoio do Governo do Estado, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Amapá.
“Nosso objetivo é despertar na sociedade a valorização de nossas origens por meio de nossa história e tradições, abrindo espaço tanto para os artistas já conhecidos, quanto para os novos talentos. A bandeira defendida pela Confraria Tucuju é cultura independente de posicionamentos partidários”, reforça a presidente Telma.
No dia 4, sábado, dia do aniversário de Macapá, como nos anos anteriores a festa ocorre no Centro histórico de Macapá, com início às 8 horas com a Missa em Ação de Graças na Matriz São José, seguida da solenidade cívica no pátio da Biblioteca Pública Elcy Lacerda.
Cumpridas as celebrações religiosa e cívica, chega  hora de cantar os parabéns e o corte do tradicional bolo, que este ano terá 50 metros, decorados com desenhos dos pontos turísticos de Macapá. Os 48 bairros da capital terão  representantes para receber um pedaço de bolo, uma forma simbólica de atingir cada ponto da cidade.
E para quem continuar na festa ou para aqueles que só tiverem tempo mais tarde, às 12 horas será servida uma feijoada para aproximadamente 2 mil pessoas. Já às 12h30, no Largo dos Inocentes, acontece o encontro e almoço dos pioneiros com um cardápio especial voltado para cerca de 500 patriarcas e matriarcas de tradicionais famílias macapaenses.
Às 14 horas começará o show musical com diversas atrações. A programação de aniversário da cidade encerra às 20 horas no Largo dos Inocentes.
(Texto: Carolina Pessoa/ASCOM Confraria Tucuju)

Prefeitura celebra os 254 anos da cidade com Pororoca Cultural
Para marcar os 254 anos de Macapá, a Prefeitura está organizando uma ampla programação que inicia às 6h do dia 4 de fevereiro em frente ao Mercado Central, com a salva de 21 tiros de canhão e prossegue com shows musicais nos quatro cantos da cidade.
De acordo com o coordenador do evento, sociólogo Fernando Canto, um dos objetivos da programação para comemorar o aniversário de Macapá é despertar o orgulho de ser macapaense. “Precisamos fazer com que as pessoas gostem da cidade em que vivem”.
Os shows terão a direção musical do maestro Manoel Cordeiro e acontecerão no bairro Marabaixo I, na entrada da rodovia do Curiaú, na Claudomiro de Moraes, no Balneário da Fazendinha, no Mercado Central e na Praça do Coco. Concomitantemente às programações, acontece a Pororoca Cultural, com a participação de artistas da terra, percorrendo os palcos, num trio elétrico.
Dentre os artistas confirmados estão Senzalas, Osmar Junior, Juliele, Ronery, Cleverson Baía, Nonato Leal, grupos de Hip-Hop, além de artistas do circuito gospel e como convidado especial o mestre Vieira, rei das guitarradas do Pará.
Para o prefeito Roberto Góes, Macapá é uma cidade abençoada pela energia do sol equatorial e pelas águas do rio Amazonas, que passam na sua frente em seu caminho em direção ao mar. “Nestes 254 anos de fundação de Macapá queremos entregar aos munícipes um lugar em festa e de expressão da cultura, para celebrar com todos, indistintamente, a alegria de sermos deste local privilegiado pela natureza. Queremos que cada um declare o seu amor pela cidade e que cante, que ria e conte um caso para dizer dos nossos sonhos e construir nossa história”.
(Texto: Coordenadoria de Comunicação/Prefeitura de Macapá)

Cada bairro uma história

Como a “Vacaria”, onde havia uma pequena fazenda e uma praia onde os jovens que não tinham carro para ir à Fazendinha se bronzeavam e tomavam banho nas águas do rio Amazonas ainda não poluídas, virou “Bairro Santa Inês. É o que o Jefferson Souza conta hoje para os leitores do blog.
Pena que não achei nos meus arquivos fotos antigas do bairro, mas se algum leitor tiver e quiser mandar para ilustrar o texto, ficarei agradecida.
Se você – que está lendo o blog agora – quiser contar um pouco da história do seu bairro ou da sua rua, faça como o Jefferson. Mande para o e-mail [email protected]  que logo publicaremos aqui.
Dito isso, vamos agora ler o que o Jefferson conta sobre o Santa Inês.

“Há cerca de um mês o   padre Dante Bertolazi, atualmente pároco da Igreja São Pedro,  contou aos participantes da celebração da Santa Missa como surgiu o Bairro Santa Inês. O motivo que o levou a lembrar e contar a história era o fato que naquele dia a Igreja Católica celebrava  a Santa que dá nome ao bairro da orla de Macapá, por conta de seu martírio e profissão de fé.

Segundo o pároco havia naquela região um fazenda e o lugar era conhecido por “vacaria”. Percebendo que ao redor do local algumas famílias começavam a ocupação cada vez mais contínua,  ele, padre Dante, então pároco da Igreja Nossa Senhora da Conceição, paróquia responsável pela região, foi ao encontro do dono da “fazenda” para solicitar que este lhe ofertasse um pedaço do terreno para a construção de uma capela para os fieis que ali por perto já habitavam.

Segundo o sacerdote, o “fazendeiro” (que ele não citou o nome), disse-lhe que não seria possível ceder o local, já que ele tinha um empreendimento e não queria perder o domínio na área. Contudo, a região continuava sendo ocupada.

Passados quatro meses o proprietário foi ao encontro do padre manifestando o desejo de   doar a área solicitada pelo pároco para que este contruísse a capela. A justificativa para a mudança de opinião era que já havia muitos ocupantes na área da “vacaria” e que ele já não tinha como impedir a invasão, achando justo doar para a Paróquia um punhado do terreno a fim de promover a fé católica e criar a comunidade na região.

Após a construção da capela, afirmou padre Dante, houve uma dúvida: Qual seria o nome? ou como se chama no catolicismo, a quem ela seria dedicada?

O sacerdote revelou que na sacristia da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição encontravam-se guardadas duas imagens: uma de São Tarciso e outra da Santa Inês. Logo ele pensou que uma das duas poderia ser destinada àquela nova comunidade. Para a escolha ele levou em consideração que não poderia ser a de São Tarciso, pois sendo este o padroeiro dos coroinhas deveria permanecer ali para o culto dos seus ajudantes de altar. Então, resolveu que seria Santa Inês.

Após a escolha de Santa Inês, organizou-se uma procissão que partiu da Igreja  da Conceição em direção a pequena capela. A imagem foi introduzida na capela e tornou-se sua padroeira, continuando até hoje no altar que lhe foi confiado. A mesma imagem pode ser encontrada hoje na Igreja de Santa Inês.


Com o fato e o crescimento do bairro, popularizou chamá-lo de “Santa Inês”, por conta da Capela em honra a Santa. Tão logo a prefeitura reconheceu o nome passando a usá-lo ao referir-se ao local e mais em adiante o Governo do Estado com a construção da Escola Estadual em honra a mesma Santa.

Esta revelada por padre Dante leva-me a ver que Macapá tem lindas histórias desde sua origem e que muitas vezes ficam esquecidas já que não encontramos ou poucos nos dedicamos a olhar para nosso passado com mais constância. Histórias simples mas que enriquecem ainda mais nosso amor por esta cidade.

Resolvi partilhar com os leitores do blog da Alcinéa  porque sei que vocês também valorizam as riquezas de nossa raiz, as coisas simples, os fatos singelos de nossa linda Macapá.”