Uma cooperativa de fachada, que servia apenas para fins espúrios e ilícitos de organização criminosa que atua há muito tempo com as mesmas pessoas, nos mesmos lugares e impunemente. Foi assim que a procuradora regional da República Adriana Scordamaglia, coordenadora do Grupo de Apoio ao Combate à Escravidão Contemporânea do MPF, classificou a Cooperativa de Garimpeiros do Lourenço (Coogal).
A cooperativa é detentora de duas concessões de lavra: uma para extração de ouro e outra para extração de tantalita. No entanto, de acordo com o MPF, as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs) investigadas na Operação Minamata eram as verdadeiras exploradoras do garimpo do Lourenço utilizando de forma fraudulentao aparato formal da Coogal.
A Justiça Federal, atendendo a pedido do MPF, suspendeu as atividades econômicas das empresas envolvidas na organização criminosa e as atividades e os títulos minerários concedidos à Coogal.
Adriana acompanhou o resgate de trabalhadores em situação degradante submetidos a trabalho escravo. De acordo com o MPF, todos os trabalhadores identificados em situação de vulnerabilidade devem receber dos órgãos competentes seguro desemprego e ter acesso a medidas sociais.