Deputados querem CPI para investigar a CEA

Os deputados estaduais Paulo Lemos (PSOL) e Pedro Dalua (PSC) requereram a instauração de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a real situação financeira e de contratos da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). O requerimento foi protocolado na manhã desta quarta-feira, 13, na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), e deve entrar em pauta para a aprovação do plenário na sessão desta quinta-feira, 14.
Caso aprovado o pedido, esta será a terceira CPI criada pela Casa para apurar a estatal. A primeira ocorreu em 2015, para investigar os contratos milionários celebrados pela CEA entre 2011 e 2014, período em que iniciou o processo de federalização. A segunda foi no ano passado, cujo objetivo era de apurar denúncias de possíveis irregularidades nos empréstimos que antecederam o processo de federalização da estatal, em 2014. Nenhuma chegou a ser concluída.
O aumento correspondente a 37,02% na conta de energia, somado à cobrança da chamada bandeira vermelha, considerados abusivos pelos parlamentares e, principalmente, pelos consumidores, foram os motivos que levaram os deputados a requerer nova investigação à estatal. “E dessa vez, vamos a fundo”, garantiu Lemos, durante a sessão desta terça-feira, no plenário.
O reajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no mês passado, cobrados a partir do dia 30. Pela CPI, os deputados investigarão o porquê do aumento, e pedirão à CEA para que apresente planilha de custo apresentada à Aneel que justificou a elevação da tarifa. Os parlamentares investigarão ainda os contratos firmados entre 2006 e 2016, além do plano de gestão do mesmo período, e o de privatização, previsto para ocorrer em fevereiro de 2018.
Quanto ao aumento, Dalua pontuou que o reajuste poderá causar prejuízo à CEA, estimulando a população a desviar energia de forma clandestina, o chamado “gato”. O deputado também questionou o papel das quatro hidrelétricas instaladas no Amapá e diz que, também, ingressará com uma ação civil pública para barrar o aumento pela Justiça. “O povo quer saber por que temos tantas hidrelétricas aqui e, ainda assim, temos a tarifa mais cara do Brasil? Isso está errado. Temos de ouvir essas empresas e cobrar respeito”.
Para Lemos, é preciso dar resposta imediata à população, em especial, sobre o reajuste. “A CPI será um instrumento importante para darmos respostas ao povo e dar um basta neste cenário obscuro que vive a companhia. Sabemos hoje muito pouco sobre a estatal: se já é federalizada, quem comanda. E se o Governo do Amapá é ainda o maior acionista, deve então sair da inércia, pois tem o poder de barrar esse aumento em favor da população”.
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Júnior Nery – Ascom/Paulo Lemos

  • De que vale a CPI, no próprio artigo relata que já foram ensaiadas duas CPIs, e qual o resultado das mesmas, ninguém sabe ninguém viu, perdem-se no caminho pelos emaranhados de duvidas e de falta de vontade de decifra-las. Não adianta se não tem determinação para chegarem ao final e divulgar seus resultados a sociedade.

  • Mesmo possuindo estruturas hidrelétricas reconhecidas mundialmente, o Brasil é um dos países com a maior tarifa de energia do planeta, e você já deve ter sentido esse peso no próprio bolso. Segundo um estudo recente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), a tarifa brasileira para uso de energia elétrica residencial é a 14ª mais cara entre 28 países analisados. Além disso, o Brasil ocupa a vice-liderança quando o assunto é a carga tributária.
    A solução para enfrentar a crise do aumento de tarifa é implantar geradores solares conectados à rede. Não tem outra.
    Não adianta desligar equipamentos. No final final ficamos sem qualidade de vida, nos privando de uma das maiores descobertas do homem: a eletricidade.
    Temos um perfil especial para esse tipo de energia, em nossa terras tucujús.
    Se alguém se interessar meu zap é 981341109.

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