Maio Laranja: Ação contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes nos rios da fronteira

As equipes do Tribunal de Justiça do Amapá, Polícia Civil e Conselho Tutelar de Oiapoque iniciaram, na manhã desta quinta-feira (13), uma ação conjunta no Rio Oiapoque, que marca a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. A atividade faz parte da campanha “Maio Laranja – Não Deixe quem você ama ser a próxima vítima”, que objetiva prevenir e combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes em todo o Estado.

Durante a abordagem, conduzida pelo delegado da Polícia Civil Charles Corrêa, foram verificadas as embarcações que saem de Oiapoque com destino a Ilha Bela, local de garimpo, a fim de constatar se nos barcos havia crianças e adolescentes sem acompanhamento dos pais, sem documentação ou até mesmo sendo levadas para a exploração nesta área.

Os donos e pilotos de embarcações foram orientados a não transportarem crianças e adolescentes sem o acompanhamento dos pais ou sem a documentação dos responsáveis. “Orientamos em relação à exploração e abuso sexual infantojuvenil, que infelizmente é uma prática que acontece muito na nossa fronteira, por isso a importância da campanha Maio Laranja, que precisa ser permanente aqui em Oiapoque”, disse o delegado Charles.

As ações em conjunto se estenderão durante todo o fim de semana na Fronteira do Brasil com a Guiana Francesa.

Não deixe quem você ama ser a próxima vítima
A campanha foi lançada dia 6 de maio pelo Tribunal de Justiça do Amapá com o objetivo de dedicar o mês de maio à conscientização, orientação e prevenção de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. A campanha conta com uma rede de apoiadores, entre órgãos públicos, entidades civis e autoridades policiais brasileiras e francesas.

Símbolo da Campanha
Como símbolo da campanha foi escolhido o pássaro conhecido como Galo da Serra (rupicolarupicola), uma ave de cor alaranjada que vive solitária na região amazônica, assim como também são as crianças que vivem sob o medo e vergonha de uma culpa que não é delas.
“Vamos transformar um pássaro que vive solitário em um símbolo de luta, de que não podemos deixar nossas crianças perderem o direito fundamental de terem uma infância saudável, livre de qualquer tipo de violência”, explicou o desembargador Rommel Araújo, presidente do Tribunal de Justiça do Amapá.

(Ascom/TJAP)

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