Operação Crisol – PF desmonta esquema de contrabando de ouro

Parte do material apreendido (Foto: PF)

A empresa Ouro Minas comprava ouro de garimpos clandestinos e fraudava notas fiscais. Foi o que a Polícia Federal concluiu após investigações que começaram em 2013 e culminaram hoje com a “Operação Crisol”, na qual foram cumpridos seis mandados de prisão temporária, 13 conduções coercitivas e 28 mandados de busca em Macapá/AP, Oiapoque/AP, São Paulo/SP e Itaituba/PA.
Dentre os presos e conduzidos coercitivamente estão o diretor da empresa em São Paulo, Juarez Silva; o representante da empresa no Amapá, Gilson Cohen; o dono de uma casa de câmbio em Oiapoque, Simon Batista (que repassava ouro clandestino para a empresa); e um agente da própria Polícia Federal, suspeito de repassar informações para a Ouro Minas sobre as investigações em curso.

Dos 13 mandados de condução coercitiva, cinco foram cumpridos em Macapá e seis em Oiapoque.

O cofre é velho, mas as cédulas de dinheiro são loliscas (Foto: PF)

De acordo com a Polícia Federal, a Ouro Minas comprava ouro extraído ilegalmente em garimpos clandestinos do Amapá e fraudava as notas fiscais chegando a colocar nelas até endereços inexistentes e quantidade muito abaixo do real, desta forma sonegando impostos.

O ouro era contrabandeado transportado de avião para São Paulo, negociado na bolsa de valores e tudo o mais.

A PF ainda não sabe informar qual a quantidade de ouro contrabandeado, mas estima em 180kg por semana, o equivalente a R$ 27 milhões.

Com base no que foi apreendido hoje pode-se afirmar que a Operação Crisol terá outras fases. O próprio superintendente da Polícia Federal, Raimundo Freitas,  disse que “ainda tem muitos elementos a serem investigados”.

Os investigados, na medida de suas participações, poderão responder pela prática dos crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, usurpação de matéria-prima da União e organização criminosa.

A Ouro Minas opera há muitos anos no Amapá nas regiões entre Calçoene e Oiapoque.

Em agosto de 2014 um diretor da empresa, prestes a embarcar para São Paulo,  foi assaltado no Aeroporto Internacional de Macapá por dois homens que lhe tomaram sua mochila na qual estavam quatro quilos de ouro (Quase nada comparado aos 180kg semanais)

 

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