Rede de multiplicação de maniva-semente será apresentada a técnicos e produtores do Amapá

As etapas necessárias para estabelecer a Rede Reniva no Amapá, um sistema brasileiro de multiplicação e transferência de maniva-semente de mandioca com garantia de sanidade e qualidade genética, serão discutidas com agricultores, dirigentes e técnicos de extensão rural durante workshop organizado pelo Sebrae e Embrapa, nesta quarta-feira, 10/11, em Macapá (AP). O evento será presencial no auditório da Embrapa Amapá, seguindo o protocolo de distanciamento, uso de máscara e de álcool, com participação de palestrantes por meio de plataforma digital.

A programação está prevista para ser aberta às 8h, pelo diretor-presidente do Sebrae Amapá, Waldeir Ribeiro, e pela chefe de Pesquisa da Embrapa Amapá, Cristiane Ramos de Jesus. Em seguida, os coordenadores da Rede Reniva, Hermínio Rocha e Helton Fleck, engenheiros-agrônomos da Embrapa Mandioca e Fruticultura, localizada em Cruz das Almas (BA), entrarão ao vivo no evento, em videoconferência, para apresentar os temas “Reniva – bases técnicas e empreendedorismo”, e “Arranjos para estabelecer a Rede Reniva”, respectivamente. Hermínio Rocha lembra que a Rede Reniva começou a ser planejada em 2012, na unidade da Embrapa de Cruz das Almas (BA). “Viemos trilhando todas as bases necessárias e adequadas para o estabelecimento dos principais atores na concepção desta rede de produção de material de plantio, com as características de sanidade e identidade genética comprovada. Vamos apresentar nossa experiência ao longo desses anos, com a implementação dessa rede em diversos estados do Brasil”, acrescentou o analista Rocha.

Dando sequência ao workshop, ainda pela manhã a professora de biotecnologia vegetal da Universidade Federal do Oeste do Pará, Eliandra de Freitas Sia, vai relatar também em plataforma digital, a experiência de estabelecimento da Rede Reniva no âmbito desta instituição de ensino superior. A programação da manhã contará com debate entre os palestrantes e participantes, mediado pelo pesquisador Adriano Marini, da Embrapa Amapá.

A agrônoma, produtora e empresária Jeilly Vivianne, coordenadora técnica do plano de ação territorial da mandiocultura e da bovinocultura no extremo sul da Bahia, vai abrir a programação do período da tarde, a partir das 14 horas, apresentando a experiência territorial no estado da Bahia com a Rede Reniva. Em seguida, o produtor e agrônomo Benedito Dutra vai relatar sua experiência de desafios e oportunidades para implantação da Rede Reniva no estado do Pará. A última apresentação do período da tarde será da técnica Sandra Siqueira, que vai falar sobre o tema “Inovações com o cultivo e processamento de mandioca no estado do Amapá”.  A programação da tarde constará de debate entre os palestrantes e participantes, mediado pela pesquisadora Valeria Saldanha Bezerra, da Embrapa Amapá.

A Rede Reniva, coordenada por uma equipe da Embrapa Mandioca e Fruticultura, tem como benefícios viabilizar cultivares livres de doenças e pragas, disponibilizar manivas de plantas de mandioca para multiplicação em larga escala, validar genótipos de mandioca em diversos ambientes, e resgatar variedades tradicionais de mandioca. Uma planta madura de mandioca gera cerca de dez manivas-sementes e, com as técnicas de multiplicação do Reniva, esse número poderá chegar a 400 mudas. A inovação é a mudança na forma de plantio da maniva (caule da mandioca). Em vez de enterrar todo o caule-semente de forma desordenada no solo, e de uma só vez, o projeto Reniva orienta a cortar esse caule por etapas, replantando a semente para que ela se multiplique. Além do ganho de produtividade e qualidade no sistema de produção da mandioca, o Reniva proporciona sustentabilidade e competitividade para a cultura ao disponibilizar manivas em quantidade suficiente e nos períodos de maiores demandas, em função das melhores épocas de plantio.

(Dulcivânia Freitas)

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