Agroextrativistas participarão de oficina sobre políticas públicas

Representantes de diversas comunidades agroextrativistas da Ilha do Meio, situada no município de Afuá, na Ilha do Marajó (PA), participarão nos dias 13 e 19 de janeiro deste ano, de uma oficina técnica com o objetivo de realizar o diagnóstico socioeconômico das políticas públicas destinadas a esta região localizada no Território da Cidadania do Marajó. Por meio da “Oficina Radar – 1ª Análise da Conjuntura e Estrutura das Políticas Públicas para as Famílias Agroextativistas da Ilha do Meio”, os agroextrativistas também contribuirão para se obter um panorama atual sobre o acesso às políticas públicas na comunidade Ilha do Meio. A oficina será conduzida pela Embrapa Amapá com o propósito de contribuir com o fortalecimento da governança local, sendo realizada no âmbito do Projeto Bem Diverso, executado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

De acordo com a pesquisadora Ana Euler, para a realização deste evento as comunidades da Ilha do Meio foram divididas em três regiões: Açaítuba, Fábrica e Moura. Desta maneira, no dia 13 será realizado o evento com as comunidades de Açaituba e Fábrica e no dia 19 com a comunidade de Moura. No total, a atividade vai atender a 120 famílias agroextrativistas da Ilha do Meio, localizada no munícipio de Afuá. Organizada pela pesquisadora da Embrapa Amapá, Ana Euler, e consultora do Projeto Bem Diverso, Ranielly Coutinho Barbosa, a oficina “Radar” terá como facilitador o engenheiro florestal Carlos Augusto Ramos, que possui experiência na área de recursos florestais e engenharia florestal, com ênfase em ordenamento florestal, atuando principalmente em manejo florestal comunitário, comunidades amazônicas, uso florestal, organização social e Marajó.

 

O Projeto Bem Diverso é resultante de parceria entre a Embrapa, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O principal objetivo é a conservação da biodiversidade brasileira e a geração de renda para comunidades tradicionais e agricultores familiares.  O projeto atende seis Territórios da Cidadania em vários estados. No Estuário Amazônico (Amapá e Pará) o projeto é desenvolvido no Território da Cidadania do Marajó, com foco nas espécies açaí e andiroba. Os coordenadores locais são os pesquisadores Silas Mochiutti (Embrapa Amapá) e Raimundo Nonato Teixeira (Embrapa Amazônia Oriental). O projeto foi iniciado em 2015 e tem duração prevista de cinco anos. Atuará em dois eixos principais: 1) desenvolvimento e promoção do uso de técnicas de manejo para extração e uso sustentável de produtos florestais não madeireiros e promoção de sistemas agroflorestais e 2) identificação dos gargalos financeiros e de mercado que comprometem o aumento da produção e da renda de comunidades agroextrativistas e agricultores familiares.

Números do Projeto Bem Diverso:
 – 3 Biomas

– 6 Territórios da Cidadania

– 12 Espécies Nativas

– 13 Unidades da Embrapa

– 8 Instituições Parceiras

– Investimento de R$ 33 milhões

(Dulcivânia Freitas)

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