Cheia do rio Madeira atinge nível de gravidade 2

Cheia do rio Madeira atinge nível de gravidade 2
Joel Elias, especial para o blog

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Porto Velho (RO) — Quarenta bombeiros da Força Nacional se integraram nesta sexta-feira, 21, à equipe da Defesa Civil que trabalha no auxílio às famílias atingidas pela cheia do rio Madeira, a maior desde a fundação da cidade de Porto Velho, que completa 100 anos em 2014. No início da manhã, o nível do rio chegou a 18,20 metros, uma elevação de 45 centímetros, em relação à cota medida no último sábado, 15.

Números repassados pela Sala de Gerenciamento de Crise, montada na sede do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), em Porto Velho, dão conta de que 1.336 famílias tiveram que ser retiradas de suas casas por causa da enchente na área urbana de Porto Velho e em outros 14 distritos da capital. São 958 famílias desalojadas e 378 desabrigadas.

Com a elevação do nível do rio, o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Liberato Ubirajara Caetano de Souza, comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Rondônia, confirmou que a cheia do Madeira já  alcançou nível de gravidade 2, o último estágio antes de uma possível decretação de calamidade pública. No entanto, com base na última avaliação de danos realizada concluiu-se que ainda não há necessidade da decretação de calamidade pública.

Na capital, centenas de botijões de gás boiam sobre a água em virtude da cheia do Rio Madeira, que invadiu uma distribuidora, em Porto Velho. Esta é considerada a marca histórica do nível do rio, que chegou, nesta quinta-feira (20), a 17,93 metros, conforme o Corpo de Bombeiros.

Na última terça-feira, 18, a distribuidora afirmou que, caso o nível do rio continue subindo, o abastecimento em Rondônia e Acre pode ficar comprometido. De acordo com a Sala de Gerenciamento de Crise, 1.336 famílias foram retiradas de suas casas em Porto Velho (RO) e em 14 distritos da capital, sendo 958 desalojadas e 378 desabrigadas.

Os botijões estão amarrados no pátio da sede da distribuidora, que ficou tomada pela água. Equipes técnicas de Manaus trabalham em conjunto com colaboradores de Porto Velho para manter a distribuição com segurança. No entanto, por meio de um comunicado, a empresa destacou que o trabalho foi radicalmente prejudicado e aponta que a enchente pode paralisar as atividades.

Guajará-Mirim
No município de Guajará-Mirim, distante 300 quilômetros da capital, localizado na fronteira com a Bolívia, 100% das casas foram afetadas, totalizando 70 mil habitantes atingidos. A cidade continua isolada em razão do transbordamento do rio Araras, onde a travessia era possível a partir de uma ponte  que tem 30 anos e está submersa.
A Defesa Civil calcula que cada grupo familiar seja composto por cinco pessoas (casal e três filhos). “Com base nesse cálculo, estimamos que quase 7 mil  habitantes tenham sido diretamente afetadas nestas localidades”, disse o comandante do CB.
Ele informa que a prioridade neste momento é a assistência aos desabrigados e evitar o desabastecimento no Estado do Acre via BR 364. A rodovia está fechada para o tráfego durante a noite, por medida de segurança adotada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A maior preocupação é com o transporte de gás de cozinha e combustíveis, que só chegam ao Acre por via terrestre, e também depende de monitoramentos da travessia sobre o Rio Abunã (230 quilômetros de Porto Velho).

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