Justiça restabelece política de cotas na Unifap

Justiça derruba liminar e Sistema de Cotas é restabelecido na Unifap

O juiz  Roberto Carlos de Oliveira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decidiu em Agravo de Instrumento promovido pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), restabelecer a política de cotas na universidade, que havia sido suspensa por decisão da Justiça Federal do Amapá.

A decisão foi dada ontem, terça-feira (16/05), no mesmo dia em que o senador Randolfe Rodrigues esteve com representantes da Universidade Federal do Amapá (Unifap) em audiência com o magistrado. A pauta do encontro havia sido justamente a necessidade de decisão urgente no caso.

Não foi a primeira vez que o senador interviu na situação. Desde o início da tramitação do recurso a assessoria jurídica do mandato passou a acompanhar o processo, despachando com o relator.

Randolfe e os presentes à reunião comemoraram “É uma conquista, principalmente, da luta pela igualdade. É uma emoção enorme porque isso me faz sentir útil e mostra que a luta do povo negro por acesso pleno a direitos é irreversível” disse ele, que denunciou o caso da tribuna do Senado Federal no dia 02 de maio.

ENTENDA O CASO
Uma liminar proferida pela Justiça Federal do Amapá, em Mandado de Segurança impetrado por quatro concorrentes, suspendeu a reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência no vestibular de 2017. A universidade recorreu e começou uma batalha jurídica para derrubar a medida junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que fica em Brasília (DF).

No dia 2 de maio, o senador Randolfe subiu à tribuna para denunciar o caso “As cotas são uma conquista civilizatória por parte da sociedade brasileira. Mais do que uma lei que assegura um direito, elas são a interpretação do princípio da igualdade jurídica material. São um direito conquistado por anos de escravidão e discriminação. A decisão deve ser cumprida, mas pode ser lamentada. Não aceito. ”

O mandato do senador passou a acompanhar o processo, por intermédio de sua assessoria jurídica, que procurou o relator, o juiz convocado Roberto Carlos de Oliveira, para sensibilizá-lo da urgência e relevância da ação.

Randolfe lembrou que a política de cotas foi responsável por abrir as portas do ensino superior brasileiro à juventude negra, um avanço que trouxe, além de oportunidades de estudo e emprego, um “benefício psicológico”. Segundo o senador, o ganho de perspectiva de futuro com as cotas livra os estudantes negros de uma “consciência de inferioridade”, que era causada pela exclusão social.

(Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *