O amapaense tem um jeitinho especial de falar. Algumas palavras e expressões podem não ser entendidas por quem nunca andou por essas bandas.
Por isso este blog publica hoje um mini (gito)-dicionário de palavras, expressões e gírias amapaenses.
Porrudo – grande, enorme
Ex: Pesquei ontem um peixe porrudo, porrudão mesmo.
Porrudinho – gordinho
Ex: O nosso senador Davi tá porrudinho
Nem com nojo – de jeito nenhum
Ex: Se o ∑∉ þ∀∇ȳæΨ de repente viesse candidato a prefeito tu votarias nele?
Nele? Nem com nojo
Pegar o beco – fugir, se mandar, sumir
Ex: Depois que perdeu a eleição ele pegou o beco.
Bora lá só tu – Não vou
Ex: Vamos correr na orla hoje à noite?
Bora lá só tu
Não. É pão – Sim. Claro que sim
Ex: Isso que a polícia tá jogando é bomba de gás lacrimogêno? Não. É pão.
Malaco – arruaceiro, ladrão, pivete
Ex: Os malacos aproveitam as manifestações para quebrar e saquear lojas.
Alvará – Imagina!
Ex: Se ele que é diretor de escola de samba não sabe onde vai ser o desfile este ano , alvará eu.
Borimbora – Vamos embora.
Ex: Borimbora que lá vem um toró (chuva)
Chutado – Correndo
Ex: Quando o Bope chegou o Zezinho saiu chutado daqui
Discunjuro! – Credo!
Ex: Sabias que que o Lugar Bonito tá na mais completa escuridão?
Discunjuro!
Não que não –Sim!
Ex: Sério que estão roubando até as plantas dos jardins das rotatórias?
Não que não.
Ontonti – anteontem
Ex: Quando foi a reunião do ex-senador Capi com o prefeito Clécio pra falar de eleições?
Foi ontonti na Prefeitura.
Afudega – afoba, apressa.
Ex:Nem te afudega que show aqui em Macapá só começa com pelo menos duas horas de atraso.
Amassa – aperta, tecla
Ex: Amassa nesse botão pra ligar o som.
Arreda aí – Afasta; dá licença
Ex: Arreda aí que que quero passar; Arreda esse sofá .
Bazuca – goma de mascar, chiclete
Ex: Me dá o troco em bazuca
Carapanã – mosquito
Ex: É nos meses de maio e junho que os carapanãs da dengue fazem a festa em Macapá.
Cabuçu – caipira, matuto
Ex: Aquele vereador é muito cabuçu.
Bombom – bala
Ex: Me dá o troco em bombons
Cruzeta – cabide
Ex: Maria, coloca essa camisa na cruzeta
Embrulhar – cobrir com lençol.
Ex: Embrulha essa criança que está fazendo frio.
Engilhado – enrugado
Ex: Credo! Esse papel tá todo engilhado
Eras! – Eu, hein!
Escangalhar – quebrar, ficar com defeito.
Ex: O meu carro escangalhou.
Filho de pipira – pessoa que vive pedindo.
Ex: Esse menino pede mais que filho de pipira.
Gala seca – idiota, imbecil, otário
Gito, gitinho – pequeno
Ex: Esse sanduíche tá muito gitinho
Lá embaixo – no centro comercial
Ex: Sábado eu vou lá embaixo fazer compras.
Mato – interior.
Ex: Vamos passar o feriadão no mato.
Menta – qualquer balinha que provoca ardor ou frescor, tipo halls
Merendar – lanchar
Ex: Eu merendei um pastel com garapa (garapa é caldo de cana)
Osga – lagartixa
Pão careca – pão francês
Papagaio – pipa. Empinar papagaio: soltar pipa.
Ex: Agora só dá pra empinar papagaio na praça. Na rua tá perigoso
Rapidola – rápido, sem demora.
Ex: Eu leio esse livro rapidola.
Torar – cortar ou quebrar.
Ex: Tora esse pão no meio pra nós
Égua, já leu e aprendeu tudo? Calma, eu não estou te xingando. “Égua” é uma das palavras mais usadas no Pará e no Amapá.
Serve para exprimir uma variedade de sentimentos, como explica o professor e jornalista Ivan Carlo: “Égua – essa é, depois de deveras, a única palavra brasileira que pode ser usada em qualquer situação. Você pode usar égua para expressar dor, tristeza, alegria, admiração, espanto e até mesmo enfado. Se, por exemplo, passar pela sua frente uma morena jeitosa, você pode exclamar deliciado: “Égua!”. E não se preocupe que ela não vai achar que você está chamando-a de eqüina. Se, por outro lado, descer um disco voador no seu quintal, não pense duas vezes. Grite: “Égua!”.
Achou tudo isso pai d’égua (legal, bacana)? Então qualquer dia tem mais.
12 Comentários para "Nosso jeito de falar – Gírias do Amapá"
Ainda faltam muitas gírias comuns em nosso dia a dia… uma delas é o “alvará”.
Ex: se eu não fui pro centro de manhã cedo… “alvará ” nessa “lua”=(sol de meio dia)
Mano quem quiser vim aqui no calcoene pode vim
Tô no apoio aqui jae ja
Não sou Amapá (ainda bem, pois a saúde é péssima, os bairros são precários e etc), mas faltaram coisas como Paca, Penta.
Man tu é um garoto da cidade mermo egua macho tedoide eo nome dele acho devi uns 9 centímetros pau no cu do caralho
Eu sou de SP mas moro já há 18 anos em Macapá, sou praticamente macapaense, poderia falar do Selin que é banco de bicicleta, descarga que é escapamento do carro, pira que é coceira, tuchina ex. Égua mano, aquele caboclo ali que trabalha comigo tá só tuchina, KKK ou Gala seca, tu é haha seca é, ou já vem com sua galasequice, enfim eu poderia virar muito mais kkkkkk
Sou Amapaense, aí fui falar pra minha esposa uma gíria de arrumar uma bolsa pra viajar e ela não sabia o que era. Rsrs
Buroca- Que quer dizer mala feita.
Ex- Já está arrumado a minha BUROCA pra mim viajar?
MANO PRA MIN A MELHOR GIRIA DO AMAPA E (MALAKO) kkkk MORO EM RIO DO SUL MAS EU ERA DO AMAPÁ E EU ENSINEI ELES A FALA MALAKO KKK
Egua macho bora lá tu sozinha
Eu uso muito essas palavras kkk vou mostrar pra todos q vir visitar o Oiapoque
Olá sou amapaense e também uso as palavras jance para roda, valise para bolsa e colan para maiô.
KKKKKKkKKKKK sou amapaense e amei, são realmente gírias comuns e que usamos muito aqui
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