Randolfe protocola representação contra a Infraero na PGR

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) protocolou nesta quinta-feira (06),  em companhia do deputado estadual paraense Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR), pedindo que o órgão tome providências contra a Infraero em relação ao verdadeiro caos aéreo instalado no Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans, nos últimos dias. Os parlamentares foram recebidos pela Procuradora Ela Wiecko. De acordo com o relato de passageiros, operadores de tráfego aéreo e tripulantes, com os devidos registros pela imprensa local, os problemas vão desde condições climáticas adversas e pista inadequada para pousos e decolagens até a desinformação de parte a parte e o mau atendimento nos guichês dos aeroportos, com consequente confusão entre passageiros, em saguões e salas de embarque lotados. Randolfe  pedirá uma Audiência Pública no Senado, na Comissão de Meio Ambiente Fiscalização e Controle (CMA) para discutir sobre a utilização da pista principal do Aeroporto Internacional de Belém /Val-de-Cans, recentemente reformada e que não apresenta condições de receber voos em dias de chuva, causando atrasos e risco à segurança de passageiros. O resultado é a crescente ocorrência de atrasos e voos cancelados, sem que passageiros recebam o devido tratamento por parte das empresas aéreas ou de órgãos como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Outra consequência dos maus serviços da aviação comercial é o desvio contínuo de voos para os aeroportos de São Luís, no Maranhão, e de Macapá, no Amapá. Sem ter a quem recorrer e em más condições de acomodação, passageiros em longas filas se desgastam diariamente em esperas que culminam em protestos, amontoados em saguões que, em muitos casos, passam por reforma e apresentam problemas como refrigeração inadequada ou inoperante. Em um dos casos, em 11 de janeiro, uma senhora de 70 anos, hipertensa e diabética, esperava há mais de 24 horas por um voo da TAM. Para piorar a situação, remédios específicos para seu tratamento já haviam sido despachados em outro voo, em um exemplo do grau de desorganização dos serviços. Por meio de nota, burocracia sem qualquer efeito prático, a empresa empregou argumentos como o acúmulo de “lâminas d’água” a impossibilitar condições operacionais nas pistas do aeroporto, que estariam “severamente molhadas” – taxas de remarcação ou diferença de tarifa ao menos deixariam de ser cobrados, informou a TAM. Naquele dia, dezenas de voos haviam sido canceladas ou estavam atrasados. (Texto: Gisele Barbieri)

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