Renais crônicos denunciam: 49 pacientes morreram por falta de tratamento em 2016 no Amapá

Após receber denúncias de representantes dos pacientes que necessitam de hemodiálise, a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amapá, deputada estadual Cristina Almeida (PSB), esteve ontem, 27, no Hospital de Clínicas Alberto Lima – HCAL, para fiscalizar a real condição que se encontra o atendimento no setor de Nefrologia do Hospital, e confirmou a calamidade na qual vivem os pacientes.

De acordo com o representante dos pacientes de hemodiálise, Manoel Miranda, 80 pacientes de Santana estão sem fazer hemodiálise e há um ano e meio não recebem todos os medicamentos para o tratamento.

“Só neste ano, já foram 49 mortes de pacientes que necessitavam do tratamento. Os profissionais não têm luvas para trabalhar, bem como esparadrapos, os soros estão contados e, quando tem, não são suficientes para as demandas”, disse Manoel.

Os pacientes também denunciaram que foram deslocados indevidamente para salas reservadas para portadores de Hepatite C, expostos assim a outros riscos de contaminação.

Janete Cascaes, esposa de um dos pacientes, informou que muitos deles vivem na linha de pobreza e não se manifestam por medo de represálias, mas conseguiram assinaturas e formalizaram denúncias em vários órgãos responsáveis.

“Fizemos denúncias em todas as instâncias e não tivemos respostas ainda. Nunca vi faltar materiais como agora, o número de infecção vem aumentando consideravelmente, e nada é feito. Precisamos de ajuda. O Poder Público tem de inaugurar o mais rápido possível a Clínica de Nefrologia de Santana”, desabafou.

Mesmo com a tentativa de funcionários em barrar a visita da deputada Cristina Almeida, ela conversou com os pacientes e constatou a veracidade das denúncias.

“É deplorável esta situação. Levaremos as denúncias até a Comissão de Saúde da Alap e cobraremos do Governo do Estado do Amapá soluções urgentes para estes problemas”, garantiu a parlamentar.

A deputada Cristina esperou mais de uma hora para falar com algum responsável pelo setor, entretanto ninguém apareceu para prestar os devidos esclarecimentos.

(Ascom/Gabinete da deputada Cristina Almeida)

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