Telefonia móvel – Randolfe quer explicações da Anatel

“Rede Móvel Indisponível”. A população do Amapá e de outros Estados da Amazônia está acostumada com essa mensagem quando o assunto é telefonia móvel. Ausência e interrupção de sinal, ligações não completadas e equívocos na conta telefônica, são algumas das queixas dos usuários das quatro operadoras instaladas no estado.

Segundo dados da Anatel existem mais de 958 mil telefones móveis no Amapá e problemas como esses, ocorrem pela sobrecarga da rede causada por essa quantidade de celulares existentes no Estado.  Outro problema é o número de antenas espalhadas e o sinal, que ainda é via satélite.

Por trás do serviço precário prestado por estas operadoras, principalmente nos Estados da Amazônia, está a fiscalização da Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel). Para cobrar da ANATEL uma fiscalização eficaz, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), solicitou audiência pública na Comissão de Meio Ambiente Fiscalização e Controle (CMA) do Senado.

A audiência será realizada nesta quinta-feira (31) a partir das 8h30 e confirmaram presença: Marcos Augusto Mesquita Coelho – Diretor de Relações Institucionais da Oi; Christian Wickert – Diretor de Assuntos Regulatórios da Claro;  Cícero Olivieri – Diretor de Redes da TIM Participações e Enilson Flávio Camolesi- Diretor de Relações Institucionais da Vivo.

Desrespeito com o Senado: O senador convidou o presidente da ANATEL, João Batista Rezende, que não confirmou sua presença. Essa é a segunda vez que a audiência é remarcada esperando confirmação do presidente da ANATEL, que envia em seu lugar um representante. A atitude de José Rezende foi objeto de protesto de Randolfe, no plenário do Senado, nesta quarta-feira.

“É de notório conhecimento os péssimos serviços da telefonia móvel, principalmente na nossa região Amazônica. Aprovamos na CMA, em 18 de julho, um pedido de audiência pública para debater esses problemas. Essa audiência foi adiada duas vezes em decorrência da agenda dos participantes. Porém, o presidente da ANATEL, João Batista de Rezende mais uma vez não comparecerá e enviará um representante. Isso é um desrespeito com o senado, que aprovou a indicação desse Senhor”, disse Randolfe.

O senador alertou que na ausência do presidente da ANATEL, nenhum representante dele irá compor a mesa. “Não bastasse a ANATEL ser submissa aos cartéis da telefonia celular, que prestam os piores serviços públicos, em especial na região Amazônica. Quando é convocada para prestar esclarecimentos, trata o Senado desta maneira”, concluiu Randolfe.

Para o senador amapaense é preciso que, principalmente a ANATEL, responda o porquê não consegue fiscalizar essas empresas como deveria, o que para ele, dá abertura para a “falta de respeito” dessas empresas com os consumidores. “A população amapaense, assim como em todo o Brasil, quer um serviço de qualidade. No Amapá, esses problemas se tornaram comuns e a partir das reclamações da população, decidi propor essa audiência pública”, destaca Randolfe.

Campeãs de reclamações: Entre abril de 2012 e março de 2013, a central de atendimentos da ANATEL recebeu mais de 2 milhões de reclamações em todo o Brasil. Em 12 meses, as queixas dos usuários de telefonia móvel chegaram a mais de 45% do total.  Nas agências do Procon do país, as empresas de telefonia móvel e fixa também encabeçam a lista de reclamações.

Esse crescente número de reclamações, fez com que o poder público, em diversos estados, se mobilizasse para exigir melhoria nos serviços. São mais de 15 Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) em funcionamento no país, buscando averiguar os problemas que ocorrem com a telefonia móvel e fixa. As CPIs foram criadas em Assembleias Legislativas de estados como o Rio Grande do Sul, Amazonas, Alagoas e Minas Gerais.

A Anatel contratou neste ano, a segunda edição da Pesquisa Nacional de Satisfação de Usuários de Telecomunicações.  A primeira tinha sido realizada em 2002. O resultado atestou que nos últimos dez anos a qualidade dos serviços ainda é inferior. Foram avaliados os serviços de celular pré-pago, celular pós-pago, telefone fixo residencial, TV paga via satélite e TV paga via cabo. O índice geral de satisfação que era de 77,5% na última pesquisa, caiu para 60% entre 2002 e 2012.O índice da telefonia móvel pré-paga, por exemplo, caiu de 77,5% para 60% em relação ao total dos usuários. Já o celular pós-pago despencou de 71,4% dos usuários satisfeitos para apenas 53,7%

(Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues)

  • É isso ai senador,faz valer a sua autoridade e cobra respeito mesmo.
    Oque mais se recebe nos telefones móveis pré-pagos,são mensagens cobrando creéditos nos mesmos.Os serviços prestados são de péssima qualidade em todos eles,pré,pós e fixo.Telefonia,energia e planos de saúde,tem cadeira cativa nos PROCONS da vida.

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