Ingratidão
Arilson Souza
Por que ingrata comigo sois,
se com afeto adornei tua vida,
se com zelo tratei tua ferida
e a ti ofertei girassóis?
Por que me tens ingratidão,
se a ti entreguei o “bom” que há em mim,
se com lágrimas de devoção reguei teu jardim
e te alberguei em meu coração?
Por que me propicias imensurável trauma,
se a ti consignei todo meu carinho,
se contigo dividi meu aconchegante “ninho”
e a ti cedi minh’alma?
Por que me imputas colossal dor,
se a ti prendei pétalas de rosas,
se teu nome entoei em versos e prosas
e a ti dediquei o fidedigno amor?
Por quê?