Cisão ao Riso
Vicente Cruz
Perdoa, amor, minha cisão ao riso.
Há uma guerra, um motim, um holocausto à vista,
um barulho (pasmem!) silente e inciso
recomendando um coração autista.
Andarei, assim, em trote firme,
como corcel a empinar a crista.
É batalha insana há quem afirme
E o amor, guerreira, um pouco dista.
Estou em guerra, em batalha dura,
coração de pedra e face austera
de lirismo ausente, em ruptura,
alma em frangalhos, desacelera.
1 Comentário para "Chá da tarde"
Gostei muito, concisa e emocionante. É do Vicente parceiro do Eduardo Dias? Enfim, excelente.