Do livro Ave Ternura

De Alcy Araújo (1924-1989)

“Uma lua sonâmbula espia pela janela os meus olhos molhados de olhar. No cinzeiro, uma ausência impede esquecimentos, sinto uma vontade imensa de gritar dentro da noite, de pedir uma aurora sem vínculos e sem saudade. E essa lua enorme espiando lembranças que doem como espinhos. E este relógio tic-tac-ando recordações. Ninguém vem orvalhar esta falta de azul. Os olhos molhados queimam, o coração queima, o luar queima. E esta insônia, meu Deus, acendendo trevas em meu tédio.”

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    Peguei pela primeira vez esse livro na biblioteca da escola, a capa e o nome me chamaram muita atenção. Com o passar do tempo, fui me apaixonando mais por esse livro. Hoje, só queria ler ele de novo pela primeira vez. Nunca me identifiquei tanto com um livro.
    Procurei ele por aqui, no Oiapoque, mas não achei. Isso me entristeceu um pouco.

  • Estava na biblioteca de minha escola, quando me deparei com o livro, folheei com todo amor do mundo. Me senti acolhida e por uma fração de segundo não me senti só no mundo.

  • Pherissima!
    Poemas que estimulam o entendimento emocional do leitor … poemas que são atemporais…como os sentimentos!

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