Poeta em destaque – Pat Andrade

A gaveta está aberta…
pega da pena e vai.
cumpre a tua sina, poeta.
(Pat Andrade)

Autora de vários livros de poesia, Pat Andrade Pat é doce, delicada, papo super agradável. Sua presença – como as flores – embeleza e deixa pleno de ternura qualquer ambiente.
Talento reconhecido, Pat já recebeu vários prêmios e diversas homenagens tanto por sua poesia como pelo seu ativismo cultural.
Sua poesia  atravessou os mares e ancorou em Portugal, em maio de 2019. Mais precisamente na Cidade do Porto, onde  foi declamada e aplaudida no Sarau da Lua Minguante naquele ano.

Pat conta que  através da poesia extirpa dores e desamores, frustrações, cansaços, angústias, rancores. “É através da lente imaginária da poesia que posso ver um mundo melhor, com mais amor, harmonia, inteligência.

Ela se apaixonou pelos versos  ainda quase criança. Pré-adolescente fez um caderno de versos no qual copiava trechos de poemas que lia por aí e gostava. Nele também rabiscou seus primeiros versos.
Certa vez perguntei  a ela quais seus poetas preferidos e ela me disse  que seu primeiro amor nessa arte foi Vinicius de Moraes. E contou:
“Aos 15 anos, ganhei de presente da minha mãe – que também escreve poesia – um diário com poemas de Vinícius de Moraes, meu primeiro poeta, meu primeiro amor na poesia.
Depois veio o Augusto dos Anjos, com sua poesia maldita e forte. Foi ele que me ensinou que ninguém assistirá ao formidável enterro de minha última quimera…

E depois disso, já estava na veia. Outros poetas vieram: Mário Quintana, Paulo Leminski, Maiakovski, Cora Coralina, Charles Bukowski, Drummond, Martha Medeiros e tantos outros.

Todos meio irreais, intocáveis, distantes, embora objeto de minha admiração.

Aí, vieram os mais próximos, os que eu quase podia tocar: Alcy Araújo, Isnard Lima, Ruy Barata.
E, finalmente, os que posso ver, ouvir, conversar e amar. Entre eles, Joãozinho Gomes, Alcinéa Cavalcante, Manoel Bispo, Obdias Araújo, Fernando Canto, Marven Franklin e outros.

Põe poesia
na mesa vazia
e faz dela
o teu prato do dia
poe poesia
na noite insone
e, se der, mata
a tua fome…
(Pat Andrade)

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