AL.
Isnard Lima
Tu, poeta,
deverias ser o jardineiro
que falta na praça
que amo como garoto
e odeio
como homem.
Plantarias rosas rubras
muito suaves e muito belas
para as moças
que ficam à tarde
na moldura
das janelas.
E nós teríamos
rosas vermelhas
para oferecer
à namorada ausente.
Aquela que ficou
na estrada
acenando amor.
(Do livro Rosas para a Madrugada, 1967 – Macapá-AP)