Coisas de campanha – Tarde demais

Tarde demais

Chega à Justiça Eleitoral a denúncia de que um candidato estava comprando o voto dos eleitores com telhas, tijolos, madeiras e dentaduras.

O oficial de Justiça vai à casa do candidato, bate na porta e é atendido pela mãe do candidato, uma senhora já bastante idosa e muito simpática.

– Boa tarde!

– Boa tarde, meu filho!

– Minha senhora, eu sou oficial de Justiça e trago aqui uma intimação, pois foi denunciado que nesta casa estão doando tijolos, telhas, madeiras e até dentaduras.

– Sinto muito, meu filho, você chegou atrasado. Não tem mais nada. Acabou tudo ontem.

– A senhora não está entendendo, eu sou Oficial de Justiça…

– Mesmo assim eu não posso lhe dar nada. Já acabou. Se você tivesse vindo ontem…Agora só posso lhe dar um cafezinho. Aceita?

(Do livro “Zero Voto”, de Alcinéa Cavalcante e Rostan Martins)

  • Parece aquela do filho do governador, candidato a deputado federal.
    O eleitor, profissional em dar golpe em politico, chegou no comitê do candidato cheio de conversa e pavulagem. Só que a turma já manjava o dito cujo.
    A cada pedido do eleitor, sempre uma negativa, com as mais diversas explicações.
    De repente aparece o candidato, saindo de uma sala onde fumaça de cigarro era o que mais tinha, e foi logo tirando um vidrinho de colírio do bolso, jogando umas gotinhas para acalmar a irritação dos olhos.
    O eleitor encostou no candidato e foi logo pedindo o vidrinho de colírio, tacando algumas gotas em seus olhos.
    Égua, saiu falando o eleitor. Quero ver se daqui não pelo menos esse colirio.

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