Amanhã,quarta-feira, a partir das 9 horas, organizações sociais farão um ato público na frente do Tribunal de Justiça do Amapá, para acompanhar o julgamento da segunda ação decorrente da Operação Eclésia.
Nessa ação são réus o ex-deputado Jorge Amanajás, que atualmente ocupa o cargo de secretário de transportes do estado, o atual presidente da Companhia Docas de Santana, ex-deputado Eider Pena, o presidente afastado da ALAP, deputado Moisés Souza, além de Ana Margarida Fascio, Edielson Pereira Nogueira e Ary Guedes da Silva. Todos respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, e ainda peculato, no caso do Jorge Amanjás e Eider Pena.
O julgamento é aberto ao público e os manifestantes permanecerão no TJAP até a proclamação final da sentença.
Entenda o caso
No ano de 2011, segundo o MPE, a Assembleia Legislativa do Amapá contratou sem processo licitatório a empresa MFX Ltda., cujos sócios eram Ary Guedes da Silva e Eliett de Lima Bacelar. Essa empresa tinha como objeto social a construção civil e um capital social de R$ 110.000,00. O endereço da empresa era, na verdade, o endereço residencial da Sra. Eliett Bacelar. Constava como procurador da empresa Antônio Armando Barrau Fascio Terceiro, irmão da Sra. Ana Margarida Fascio. Entre os dias 21 a 25 de janeiro de 2011, os então deputados Jorge Amanjás e Eider Pena pagaram à empresa MFX Ltda., através de cheques da ALAP, o total de R$ 820.000,00.
Todos os cheques foram depositados na conta pessoal de Ana Margarida Marques Fascio, que não era sócia nem era procuradora da empresa contratada.
O Ministério Público identificou, ainda, que o sócio majoritário da empresa MFX, Ary Guedes da Silva, é um “laranja” e que nos anos de 2010 e 2011 era empregado da empresa L.M.S. Vigilância e Segurança Privada, no cargo de vigia. Portanto sem condições financeiras para criar uma empresa com capital social de R$ 110.000,00.
(Transparência Amapá)