Acadêmicos de medicina farão atendimento em aldeia indígena

Entre meses de agosto e setembro, os 52 acadêmicos do sexto ano do curso de medicina da Universidade Federal do Amapá (Unifap) irão participar de uma experiência bem diferente da rotina que levam na cidade. Neste período, eles estarão envolvidos com o internato rural, que terá suas atividades desenvolvidas no município de Porto Grande e na Aldeia do Manga, área indígena que fica a 18km do município de Oiapoque.

Pelo cronograma do internato, os alunos irão sair de Macapá no dia 17 de agosto com destino a Oiapoque, percorrendo cerca de 600 km pela BR 156. Entre os dias 19 a 23 eles irão prestar atendimento à comunidade indígena da Aldeia do Manga e de 26 a 12 de setembro, estarão no município de Porto Grande, onde também atenderão as comunidades dos municípios vizinhos como Ferreira Gomes e Pedra Branca do Amapari, sob a supervisão de professores do curso.

Os atendimentos vão abranger a área de atenção básica, o que envolve programas de hipertensão e diabetes, planejamento familiar, realização de pré-natal, diagnóstico e tratamento da hanseníase, tuberculose, dengue e malária, além de consultas e orientações antitabagistas, promoção do envelhecimento ativo, diagnosticar e tratar doenças diarreicas da infância e pneumonias comunitárias infantis e realizar procedimentos como curativos e suturas.

“Durante quatro semanas os alunos vão vivenciar o que é a realidade de uma população ribeirinha, indígena ou de uma comunidade distante da capital e isso é essencial para a formação desses futuros médicos”, explica o professor do curso Algerry Rêgo.

O médico Felipe Pena estava entre os acadêmicos que fizeram o internato no ano passado. Ele conta que a experiência coloca os alunos dentro da realidade do sistema de saúde, no qual os médicos vão atuar depois de formados, além de ser a uma oportunidade para pôr em prática o que aprenderam nos seis anos de curso.

“A convivência com uma cultura diferente, com o interior, com uma população que é pobre em informação e em recursos, nos fez tentar alcançar essa população da melhor forma possível no que tange o atendimento médico. Nós tivemos a experiência de como seria a nossa vida após formados e nós tivemos a clara certeza de que aquilo que nós vivemos no internato rural foi um preparatório para a vida profissional”, diz Felipe.

A professora Ennara Borges, que também participou do internato rural em 2018, diz que a disciplina incute um traço mais solidário na formação dos médicos.

(Ascom/Unifap)

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