Uma suruba antropofágica comemora os 120 anos do nascimento do poeta modernista Oswald de Andrade. Será hoje, quinta-feira, às 19h no Campus II da UEAP (Procópio Rola, 1346).
A “Suruba Antropofágica” – uma idéia do poeta, filósofo e professor Herbert Emanuel – é uma nova forma de discutir literatura, misturando palestra, espetáculo, instalação. “Temos ao mesmo tempo imagens, palavras, trechos de poemas e falas rápidas sobre o próprio Oswald”, diz Herbert.
Sem preocupação com o academicismo e a formalidade, é mesmo uma espécie de orgia antropofágica. “É um ritual de devoração do outro – Oswald -, de nós mesmos”, explica o idealizador. Para ele, o manifesto antropofágico de Oswald de Andrade serve ainda hoje como pensamento poético-filosófico capaz de desencadear reflexões, questionamentos sobre a cultura brasileira e sobre a multiplicidade e singularidade culturais. Ele ressalta que o Manifesto propõe uma outra lógica, não-cartesiana, tipo: “o outro existe, logo pensa”, em oposição ao velho e batido “penso,logo existo”, de Descartes. “Se é possível falar num pensamento filosófico brasileiro, sua matriz tem de ser necessariamente oswaldiana.”
O evento está aberto a todo e qualquer público que curta poesia, literatura, filosofia, arte. A entrada é franca.