Morre um pioneiro

Aos 90 anos de idade morreu ontem o pioneiro José Araguarino Mont’Alverne, jornalista, escritor e militante político.
Nascido em novembro de 1920, ele foi um dos fundadores do jornal Folha do Povo (empastelado pela ditadura) e do PTB no Amapá.
Em 1964, durante o golpe militar, foi preso por ordem do governador Terêncio Porto. Posto em liberdade no governo Luiz Mendes assumiu o comando da Guarda Territorial.
Araguarino era casado com a professora Maria Helena Franco Mont’Alverne, com quem teve  os filhos Deoclides, Maria das Graças, Deoci e Deomir.

O ilustre pioneiro morreu às 16h de ontem, no hospital da Unimed. Seu corpo está sendo velado na Loja Acácia do Norte (Avenida Raimundo Álvares da Costa, entre Tiradentes e General Rondon). O sepultamento será às 16h no cemitério N.S. da Conceição (Centro).

Mais sobre a vida de José Araguarino Mont’Alverne você lê no site da Associação Amapaense de Escritores, clicando aqui

  • Seu Araguarino eu tive o prazer de conhece-lo, morava com meus pais de criação Dra. Emília e Zequinha Picanço, quase visinhos, também tive o prazer de conhecer seus filhos e esposa, eu tinha na época meus 13 anos, ah! que saudade dessa época!!!

  • Araguarino deixa lembranças que devem ser seguidas. É o tipo de “gente” que não morre nunca. Amigos de meus pais, de meus irmãos e meu amigo de fato. Depois do AVC, ainda nos encontramos lá no Restaurante Colonial, em um dia de domingo, quando de uma das minhas visitas à Macapá. Estava com sua esposa e com um sorriso, meu tímido, mas sempre sincero. Lhe falei de nossa vizinhança frontal na casa que alugamos ena Procópio Rôla para nos hospedar em Macapá quando lá ía-mos. Se os homens públicos de hoje aproveitassem pelo menos pequena parte de sua história de vida, já estaríamos vencedores. Infelizmente…
    Vá com Deus e não esqueça de olhar por nós que ficamos.
    Amiraldo

  • Tio Araguarino, foi um exemplo de homem de bem. Deixou como legado uma linda família, plantou sementes que estão dando bons frutos, meu tio querido, amigo, companheiro de jornada, vá em paz para a pátria espiritual, você cumpriu sua tarefa aqui na terra.
    O amor que existe entre nós parentes e amigos sempre existira.
    Sua subrinha,
    Rose

  • Descanse em paz, querido Irmão. Maçon dedicado e exemplar. Que o Grande Arquiteto do Universo o acolha e ilumine seus passos.

  • “…naquela mesa está faltando ele e a saudade dele está doendo em mim…”
    Na nossa mesa, na nossa casa, nos nossos corações, nas nossa vidas. TE AMAREI PARA SEMPRE.

  • Nossos dias com certeza não serão mas os mesmos sem sua presença,suas brincadeiras e suas histórias,ele se foi mas levou junto um pedaço de cada um de nós!
    O que nos conforta é saber o quanto ele era amado por todos.

  • Apenas agora consigo escrever algumas palavras sobre alguém que muito representou na minha vida. Meu avô, meu pai, meu exemplo de vida.
    Foi um homem muito intenso, inteligente e sempre muito engraçado. Companheiro fiel, pai exemplar e um avô… Ah… um avô muito amoroso.
    Te amamos meu avô querido, sei que você continuará nos protegendo e fazendo de tudo, como sempre, para nos ver felizes.
    Espero que Deus transforme logo essa saudade em lembranças lindas pois ta difícil viver sem você.
    Saudade eternas!!!!!

  • Perde o Amapá, mais um grande cidadão, como o Adelmo bem frisou, um homem probo. Não encontrei palavras para expressar a minha dor pela transição do tio Araguarino, como meus me ensinaram a tratá-lo, mas a homenagem do Célio Alício preencheu a ausencia de palavras sobre este grande homem.
    Que o Deus de nossos corações receba o Tio Araguarino e que os nossos antepassados queridos junto com os dele, possam reconfortá-lo.

  • Meu Avô,Araguarino, como ele mesmo gostava de ser chamado, foi sempre mais do que um avô, foi um verdadeiro pai, me ensinou o verdadeiro sentido da vida, brincalhão ate o ultimo momento de sua gloriosa vida, infelizmente ele se foi mas sei que seu filho( meu pai) Deoclides franco de Mont´Alverne, segurou nas mãos dele e com certeza tiveram um belo encontro em um plano superior….Obrigado a todos pelas palavras de consolo e pelos varios ombros quem me ampararam.

    • Caro Bruno, neto do meu amigo Araguarino: tive a honra de trabalhar com seu pai, Deo, na CEA, nos idos de 1965. Depois com seu avô, o José Araguarino de Mont’Alverne. O Primeiro nos deixou cedo, mas o suficiente para demonstrar seu caráter de pessoa proba e amiga. O segundo, tem seu nome na história do Amapá, na família, na maçonaria, na Guarda Territorial e da Polícia Civil, onde trabalhamos juntos. Ambos cumpriram muito bem a missão terrena. Estão nas graças de Deus. Eu ainda não o conheço pessoalmente, mas sinta bastante orgulho de seus ascentrais. Que Deus conforme a todos aqueles que ficaram na dor da saudade de seu avô.

  • Alcinea,
    Seu Araguarino faz parte de um rol de pioneiros que aqui pontuaram à época romântica do antigo Território Federal do Amapá (TFA), um grupo seleto de homens e mulheres – aqui nascidos ou transmigrados – no serviço público ou na iniciativa privada que ousaram empreender e escrever com tintas e brilho próprios, a história recente do nosso rincão, deixando um legado tão singular quanto inestimável aos seus familiares, amigos e a todos os segmentos de nossa sociedade. Ilustres, brilhantes, talentosos e visionários, essas pessoas assoalharam nosso chão fecundo e soergueram as paredes, ‘cumieira’, telhado e os compartimentos desse nosso amado torrão. Janary Nunes, Alcy Araújo, Amaury e Deusolina Farias, Hélio Penafort, Artur Néri Marinho, Benedito Andrade, Estácio Vidal Picanço, os padres e bispos italianos do PIME, Seu Vavá Santos (Mazagão), Deuzuíte Cavalcante, Julião Ramos, Gertrudes Saturnino, Laurindo Banha, entre tantos outros astros reluzentes, de luz própria manetismo pessoal que encarnaram o espírito empreendedor que possibilitou grandes obras e uma herança de dignidade, compromisso, honra e, acima de tudo, amor, muito amor pelo Amapá e sua gente. Eles receberam desde ontem o seu Araguarino e regozijaram entre si em forma de perene celebração. A todos eles um réquiem com saudades e intermináveis agradecimentos por tudo o que fizeram. À memória desses bravos não bastam logradouros público, ruas, avenidas ou monumentos com seus nomes. A melhor forma de perpetuá-los para a posteridade aponta para o devido reconhecimentos de suas obras e feitos e a disseminação dos mesmos para as gerações atual e vindoura, num vento de ressonância que espalhe em todos os estratos sociais amapaenses as boas novas e prodígios por eles proporcionados e que venham servir de exemplo para certos políticos que há muito pouco tempo quase implodiram com a nossa auto-estima deixando um rastro hediondo de corrupção e dilapidação do nosso erário. Mas, o bem proporcionado pelos pioneiros está espelhado no céu lustrando a paisagem e nos dando mais vida.
    Obrigado mestres e mestras.

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